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Novembro, 2013

"Violinos tocando e os anjos chorando, as estrelas se alinharam, não há mais volta, agora só o que importa é você."

A única coisa que Any gostou desde que se mudou com seus pais para Seattle havia sido o parque perto de sua nova escola, todos os dias da última semana sua mãe a levava lá e ela brincava por horas. Para uma menina de oito anos que havia acabado de ter sua vida mudada totalmente, era como um bálsamo para seus pais Any ter gostado de algo.

Há uma semana haviam se mudado da sempre ensolarada e feliz Geórgia para Seattle, onde os dias eram sempre nublados e com sorte - muita mesmo - com poucas chuvas.

Mas o trabalho de silvio havia exigido, e eles não podiam se dar a luxo de não seguir com as ordens e o patriarca acabar desempregado. Any foi uma menina um pouco mimada a vida inteira, filha única de pais também filhos únicos, tudo era dela e para ela, e de repente ela tinha novos alunos na classe de aula e não tinha amizade com os filhos dos vizinhos.

Era o início da segunda semana, ela havia feito duas amigas no parque, e tudo começava a se encaixar e ser bonito e feliz novamente devagar. Bem, a certo ponto. Se não fosse o chato do Bailey.

Any mais do que sentiu quando sua cabeça
bateu no chão com força ao que seu corpo foi
empurrado pelo garoto um ano mais velho que
ela.

- Você é tão idiota, Bailey! - joalin gritou, indo ajudar Any a se levantar.

Sua cabeça realmente doía, e suas mãos haviam ralado também porque estavam na parte de areia do chão, e seus olhos logo se aguaram e a raiva tomou seu corpo porque ela não gostava de chorar.

- Eu vou acabar com você! - ela resmungou com o nó na garganta, se afastando de joalin e avançando para cima de Bailey.

Ele era bons dez centímetros maior que ela, mas a garota não se importou, a irritação por todo o seu sangue enquanto sua cabeça doía e suas mãos tinham pontinhos de sangue, ela chutou com força em sua coxa sem que ele esperasse e puxou seu cabelo para baixo, tentando fazê-lo cair no chão enquanto ficava na ponta dos pés.

- Me solta! - ele mandou, segurando em seus punhos, tentando fazê-la soltá-lo, mas não tendo sucesso porque agora sua perna doía e sua cabeça também.

Any apenas continuou o puxando, até de repente alguém a puxar para trás.

- Ei, ei, calma - alguém falou, segurando seu corpo para não deixá-la cair.

Any logo entrou em alerta, quem a segurava era maior do que ela, talvez um adulto, e nenhum adulto desconhecido jamais deveria colocar as mãos nela.

- Josh, ela que veio para cima de mim - Bailey falou logo, e agora ele chorava enquanto se sentava no chão e massageava a própria cabeça. - Eu não fiz nada.

Seu sangue de criança ferveu.

- Não fez nada!? - Any gritou de volta, já avançando nele de novo por conta da audácia, mas teve seu corpo segurado novamente e essa pessoa era muito forte. - Me solta que eu vou acabar com esse fascista! - ela mandou.

A menina parou de se debater quando ouviu a risada alta atrás de si, se irritando por a pessoa estar rindo dela e já querendo arrumar briga com ele também.

Foi engraçado como ela nem percebeu seu corpo reagindo a voz dele ou ao toque em lhe segurar, mas foi como se tudo dentro de si tivesse virado de cabeça para baixo quando ela finalmente olhou em seus olhos. A paz e tranquilidade tomou cada pequeno centímetro de seu corpo, e Any acreditou - e sentiu - fielmente que nunca havia se sentido tão segura nem mesmo com seus pais.

Os olhos dele eram azuis, azuis igual ao mar, e no mesmo segundo em que os focou eles se tornaram mais claros e as íris mudaram de forma quase perigosa, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar. Mas não por medo, provavelmente ela nunca sentiria nada nem perto de assustador perto dele, era apenas intenso e muito forte e seu corpo e sua mente eram pequenos demais para tantos sentimentos certeiros.

Ela nem tinha uma vida ainda, oito anos era pouco demais - ela ouvia aquilo de seus pais - mas de repente era como se tudo fosse certo e ela sabia exatamente como seria seu futuro.

Josh não soltou o corpo dela, mas o seu próprio cedeu, se ajoelhando a sua frente, ficando a altura da menina enquanto sentia sua vida se esvaindo de dentro de si.

O momento inteiro ficou parado no ar, a sua respiração, seu coração, seu sangue, tudo se tornou uma coisa só, e de repente nada mais era dele..

Era dela.

Tudo era dela.

- Olá - a garota estava vermelha e o cabelo todo bagunçado caía por seus olhos. - Eu sou a Any.

 - Eu sou a Any

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Bjss✨🎀

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