Capítulo Trinta e Quatro

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| Gabriella |

Calleri entrou no carro segurando uma sacola da farmácia, ele estendeu para eu poder pegar e eu fiquei paralisada, no meu pensamento se passou um filme.

- Se der positivo, eu tô morta. — indago olhando para o Calleri que no mesmo instante abriu um sorriso de canto.

- Se der positivo, o bebê já vai ter um tio babão. — ele diz e eu abro um sorriso largo e sinto meus olhos lagrimejar.

Calleri liga novamente o carro e faz o retorno, voltaríamos para o clube e eu faria o teste lá. Se der positivo o bom que já fica geral sabendo, caso meu pai tenha um infarto lá vai ter os primeiros socorros.

No caminho até o clube eu fiquei pensativa com a mensagem do Richard, a ansiedade já estava começando a se fazer presente novamente e aquela sensação era horrível de sentir. Entrei no meu contato e liguei para o Richard, Calleri me olhou de canto e colocou sua mão sobre a minha perna fazendo com que parasse de tremer.

- Tá podendo falar ou vai desligar ? — pergunto logo após o Richard atender a ligação.

- Eu quero te contar pessoalmente, onde você tá? Eu te busco. — ele diz com a voz embargada e eu engulo seco.

- Eu tô no clube. Você terminou com a Natália? — pergunto e logo um silêncio se faz presente do outro lado da linha. - Richard?

- Não. — ele responde e eu respiro fundo após sentir algumas lágrimas se fazer presente.

Desliguei meu celular imediatamente e olhei para o Calleri, seu semblante estava fechado pois ele tinha escutado tudo, mas, ele não deu sequer uma palavra, ele sabia que seria um gatilho pra mim chorar.

Calleri estacionou o carro e eu desci imediatamente, não esperei por ele e caminhei até o banheiro do clube. Um misto de  ansiedade se fazia presente e eu esperava que desse negativo, eu ansiava aquilo.

Abrir a porta e me certifiquei se teria mais alguém em algum dos banheiro, entrei no último e tranquei a porta, coloquei as duas mãos sobre a porta e senti meu corpo amolecer, não conseguia sentir minhas pernas e lágrimas se fizeram presente.

- Que inferno. — indago e rapidamente desfiro um soco sobre a porta.

Pego a caixinha de dentro da sacola e abro ela, minhas mãos tremia na mesma velocidade que meu coração acelerava, eu estava tentando me manter forte a todo segundo. Fiz xixi em um potinho e coloco a fitinha dele dentro, levei a minha mão até minha testa enquanto o líquido ia subindo pela fitinha.

Eu fiquei paralisada e senti minha visão ficar turva, assim que olhei os dois tracinhos naquele teste de gravidez. Joguei o pote no lixo junto com a caixa que ele veio, abrir a porta e fui direto para frente do espelho.

Meus olhos estava vermelho e meu semblante era de assustada, perdida e confusa. Meu mundo estava desabando, comecei a chorar desesperadamente dessa vez sem conseguir controlar as lágrimas que escorriam pelo o meu rosto.

- O que tá acontecendo? — escuto a voz do Nestor e eu olho para ele com o rosto todo encharcado.

- Nestor...

É a única palavra que consigo dizer, levo as duas mãos até meu rosto e logo sinto os braços do Nestor sobre mim, seu abraço me aconchegou tanto e era como se ele tirasse toda a minha dor.

- Ela tá bem? — escuto uma voz com sotaque e olho de canto vendo que se tratava do James.

- Gabi, respira fundo. — Nestor diz enquanto colocava uma das mãos sobre meu rosto. - Se acalma e me conta o que houve.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora