Capítulo Vinte e Quatro

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| Gabriella |

Vi uma multidão se formar nos corredores, pra falar a verdade estava tão eufórica comemorando que meu time tinha se classificado para a semi final que acabei deixando de lado a parte que queria foder com a vida do Richard e da Giovana.

Entrei abraçada com o Calleri cantando o hino do São Paulo, vi de relance a Giovana vindo até mim na velocidade da luz.

- Eu te odeio. — ela grita e na mesma hora Calleri já entra na minha frente.

- E eu com isso? — pergunto debochando da situação enquanto estava nítido o ódio da minha irmã.

- Você mandou esses projetos aí falar pro Veiga né? Satisfeita que agora ele tá discutindo com o Richard, sua infeliz. — ela diz e eu dou de ombros como se não me importasse.

- Vocês tivessem pensado antes de fazerem. — respondo e logo sinto uma mão me puxando. - ME SOLTA.

Grito após vê que se tratava do Endrick me segurando.

- Vai apaziguar aquela situação. — Endrick diz ríspido e se torna o suficiente para eu vê uma multidão se forma em nossa volta.

Coloquei meu braço sobre meu rosto e eu já não conseguia mas identificar quem estava brigando, mas podia reconhece a voz do Calleri, Caio e até mesmo o meu irmão. Senti me puxarem novamente para fora dali, meu corpo inteiro se estremeceu quando vi que era o Richard.

A mídia já estava caindo em cima filmando a confusão que tinha gerado, Richard abriu uma porta e me puxou para dentro.

- O que você quer? — pergunto ríspida e arrumando meu cabelo que na hora da confusão acabou bagunçando.

- Caralho, olha a confusão que isso tá gerando. — ele diz com o olhar desesperado e começar a negar com a cabeça.

- Eu não posso fazer nada, Montoya. — respondo dando de ombros e vejo o mesmo engoli seco.

- Eu não fiz aquilo porque quis, foi a louca da sua irmã. — ele começa a dizer e imediatamente levo minha mão até sua boca.

- Me poupe escutar essa história novamente, você já fez a merda. — digo encarando os olhos do Richard e por um segundo até pensei em voltar atrás. - Agora deixa eu ir embora.

- Não. Você só vai sair depois que a gente se entender, Gabriella. — ele diz e vejo ele trancar a porta.

- O mundo tá desabando lá fora e você tá preocupado em se entender comigo? — pergunto incrédula e ele concorda com a cabeça.

- É você que me importa, eu sei que posso me entender com o Veiga depois. — ele diz e me puxa pela cintura.

Um espaço mínimo separava nossos lábios, eu ansiava por sentir novamente o lábio dele tocar o meu. No calor do momento íamos se aproximando mais ainda, meu corpo inteiro se arrepiou ao sentir a mão dele sobre um lado do meu rosto.

- Você namora, vale ressaltar isso. — digo já me afastando dele na mesma hora.

- Ok Gabriella, não vou insistir e se caso você ainda queira ficar brava é com você. — ele diz e destranca a porta.

- Antes que eu me esqueça, você tá me devendo um lance com o Piquerez. — falo enquanto abria a porta e vejo o semblante dele mudar.

Saio da sala que estava e já posso vê o Raphael de braço cruzado no canto do corredor vendo a cena caótica que ainda estava dos meninos, cheguei nele e passei minha mão sobre seu ombro.

- Desculpa te fazer passar por isso, não era minha intenção te machucar. — digo baixinho e ele concorda com a cabeça.

- Sua irmã me disse que você é fanática pelo o São Paulo, deixa essa história pra lá e vai comemorar a vitória com seu time. — ele diz com a voz ainda trêmula e eu engulo seco.

Veiga parecia uma porcelana, aquelas que dá uma dor imensa ao vê se quebrar. Entendo que a minha irmã sempre quis se sobressai em tudo que faz, mas trocar um cara que faria tudo por ela, só pela ambição de me vê machucar chega ser constrangedor.

Abracei o Veiga sem pedir permissão nenhuma, sentir a mão dele rodar sobre meu corpo e me abraçar mais forte ainda. Talvez naquele momento ele necessitava isso, de um abraço, de um conforto.

- Veiga, acho que a gente precisa conversar agora e espero que você me entenda. — Richard diz logo após eu desgrudar do Veiga, olho para ele e depois volto o olhar para o Veiga.

- Talvez eu odeie ter que admitir que ele realmente não é o culpado. — digo olhando para o Veiga que me encara e concorda com a cabeça.

A briga no corredor começa a se acalmar, olhei de canto e vi meu pai grudar no braço da Giovana e retirando ela do lugar. Enquanto, alguns dos meninos ia se afastando, coloquei minha não sobre o ombro do Veiga e abrir um sorriso de canto.

- Espero que você encontre alguém que te ama. Minha irmã não merece o amor que você queira da pra ela. — digo e posso vê os olhos dele marejar.

- Talvez eu tenha escolhido a irmã errada. — ele diz e abrimos um sorriso uníssono.

Viro o rosto para o Richard, que parecia ter ciúmes após escutar aquilo. Abrir um sorriso e sai dali deixando somente os dois, comecei a pular feito criança enquanto caminhava até os meninos.

Não queria mas saber da confusão, queria aproveita a vitória é comemorar que mais uma vez eliminamos o palmeiras. Nada e nenhum jogador rival vale a minha paz, abracei o Calleri e caminhei até o vestiário, a festa aqui dentro contagiava que até esqueci dos problemas.

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Depois de chegarmos em casa, pude escutar meu pai gritar pela primeira vez com a Giovana e não comigo, o que me fez ficar surpresa. Tomei um banho e me deitei sobre a minha cama, por sorte o motivo da confusão não foi parar nas mídia.

Liguei a TV do meu quarto e coloquei na série que eu estava assistindo novamente, estava com os olhos quase fechando quando escutei meu celular vibrar. Um número desconhecido havia mandado mensagem, respirei fundo antes de desbloquear para pode escutar o áudio que haviam mandado.

- Talvez você estranhe mas o Calleri me passou seu número, não foi por boa vontade porque eu faltei me ajoelhar. — travei novamente o áudio após reconhecer a voz do Richard.

Me levantei e fiquei sentada sobre a cama, eu detestava achar que eu poderia está gostando de alguém. Aperto novamente para escutar o restante do áudio.

- Quando escutar esse áudio, espero que você entenda que sempre será você, eu nunca senti isso antes e espero que algum dia a gente possa se entender.

Bloqueio a tela do meu celular e respiro fundo, desligo ele e coloco o cobertor sobre mim. Eu sempre dormia para fugir dos problemas e esse problema tava sendo o mais complicado que eu já enfrentei.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora