Capítulo Quatorze

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| Gabriella |

Eu já estava desistindo de ir no evento da faculdade mas eu já tinha gastado com cabelo e unha, não podia gastar dinheiro atoa. Coloquei meu vestido vermelho e um salto preto, peguei a bolsa que o Richard havia me dado e fiquei me olhando enfrente ao espelho.

- Você tá um arraso. — digo em voz alta olhando para o meu reflexo.

Respiro fundo e vou até a minha penteadeira, passo um pouco de perfume antes de sair do meu quarto de vez. Pego meu celular e vou no aplicativo do uber para chamar um carro, eu sabia dirigir mais ainda não tinha carta e meu pai me mataria se eu fosse presa por andar sem habilitação.

Após descer as escadas me sentei no sofá e fiquei aguardando algum carro aceitar a corrida, logo escutei barulho da porta sendo destrancada e olhei para o lado vendo a minha irmã adentrar.

Ela estava ofegante demais, com o cabelo desarrumado e seu batom vermelho borrado.

- Caraca que o Veiga acaba com você em. — digo baixinho e a mesma revira os olhos após escutar.

- Não foi ele... quer dizer, foi. — ela diz toda se contradizendo e eu franzo as sobrancelhas.

Me recordo que hoje teria o jogo e essas horas eles já estava em campo, abro um sorriso de lado olhando para a Giovana.

- Irmãzinha, ta traindo o palmeirense ? — pergunto me levantando e vejo a mesma mudar o semblante.

- ÓBVIO QUE NÃO. — ela grita desesperada já se entregando e eu começo a dar risada. - Você sabe quem eu vi hoje ?

Dou de ombro sem saber, afinal, eu não sabia mesmo.

- O Pulgar. Veiga me forçou a ir no Allianz mas assim que vi o Erick eu vim embora. — ela diz e eu engulo seco na mesma hora.

Minha irmã não deixa eu perguntar mais nada e sobe as escadas correndo, o que me deixa um pouco curiosa. Afinal, teria sido o Veiga que fez aquilo ou não?

Reviro os olhos e vejo que um carro já teria aceitado a viagem, destranco a porta novamente e coloco a chave dentro da bolsa. Caminho até a portaria e entro imediatamente dentro da Evoque preta, eu amava pegar uber black era cada carro de luxo que vinha.

No caminho até a faculdade eu ia lendo algumas fofocas no Instagram, eu achava graça e as vezes até me perguntava como esse povo se doa tanto pra saber das coisas.

- Você tem horário moça? — o motorista pergunta e eu encaro ele na mesma hora.

Ele era branquinho, eu daria uns vinte e quatro para ele, tinha tatuagem no pescoço e em todo o braço e tinha uma cara de marrento, perdi até a postura.

- Tenho sim, tá muito trânsito? — pergunto bloqueando meu celular e ele concorda com a cabeça. - Que droga.

- Eu posso cortar caminho pela favela, você tem medo? — ele pergunta arqueando a sobrancelha e eu abro um sorriso de canto.

- Não seria você que deveria ter? — pergunto um pouco receosa e ele abre um sorriso na mesma hora e que sorriso.

- Eu sou cria de lá, ninguém mexe. — ele diz e eu dou uma risada.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora