Capítulo Quatro

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| Gabriella |

Eu tive que sair da torcida depois do meu irmão ligar e dizer que eu iria ser deserdada pelo o meu pai, recebi alguns olhares dos jogadores quando pisei nos corredores do clube.

Mas, acho que eu estava gostando da ideia de pegar rival, eu nunca havia prestado muita atenção antes no Richard modéstia parte ele era um gato. Seu sorriso fazia qualquer mulher se ajoelhar para ele, inclusive eu.

- Papai tá furioso. — diz a Giovana e eu somente concordo com a cabeça.

- Ele sabe quem você tá pegando? — pergunto e vejo o semblante da minha irmã mudar radicalmente.

- Não. — ela me responde confusa e na hora me toquei que ela estava escondendo algo. - Como você descobriu ?

- Você é muito burra, conta agora quem você tá pegando. — digo cruzando os braços e ela me olha furiosa.

Era muito fácil manipular a Giovana, sempre conseguir descobrir as coisas dela jogando um simples "verde".

- Se você contar pro papai, eu nunca mais falo com você. — ela diz enquanto subíamos para a área vip. - Tô pegando um jogador do time rival, mas ninguém sabe.

- Agora eu vou saber, diz logo porque eu tenho ansiedade. — falo baixinho após nós duas entrarmos dentro da sala, onde estava cheia de familiares.

- Tô pegando o Veiga. — ela diz e eu arregalo os olhos no mesmo instante.

- E você me julgando né, sua safada. — digo inconformada e a minha irmã abre um sorriso sem graça. - Podia ter descoberto antes, aí eu fazia chantagem em você.

- Gabriella você sabe que o papai detesta que você fique na torcida, você sabe muito bem disso. — ela diz e eu reviro os olhos, eu havia perdido a comemoração com a torcida, já que o Raphinha tinha marcado um golaço.

- A gente vai fica fazendo o que aqui? A maioria das família já tá indo embora. — digo e ela da de ombros e se levanta.

Sair da sala novamente com a minha irmã e me sentei no banco que ficava no corredor dos vestiário, peguei o meu celular e fui direto no Instagram e pesquisei o nome do Richard. Fiquei vendo cada foto dele e a cada foto só aumentava uma vontade absurda de pegar ele, o pequeno flerte com ele me deixou louca.

- Me admirando? — uma voz fala perto do meu ouvido me fazendo ficar arrepiada, na hora olho para cima.

Abaixo a tela do meu celular rapidamente ao vê que era o Richard que estava do meu lado.

- Você não sabe o que é privacidade não? — pergunto me afastando dele um pouco e ele abre um sorriso largo.

- Calma gata, não precisa ficar com vergonha. — ele diz me encarando de canto e sinto meu coração acelerar.

- Você é sempre convencido? — pergunto dando risada e ele dá de ombros. - Como tá se sentindo?

- Por que? — ele pergunta confuso e eu arqueo a sobrancelha vendo ele se sentar ao meu lado.

- Como é perder pro meu time? — pergunto debochando do jogador e ele revira os olhos.

- Não se acanha, no Allianz ainda tem noventa minutos. — ele diz e eu solto uma risada sarcástica na mesma hora.

- Na nossa segunda casa? — pergunto e ele debocha de mim na mesma hora. - Tá achando que não vamos ganhar é?

- Vocês não vai amor, você sabe disso. — ele diz e eu mudo a minha feição na mesma hora que escuto aquilo.

- Quer aposta que vamos ganhar ? — pergunto e na hora vejo um olhar de malícia do jogador.

- O que eu ganho? — ele pergunta e eu dou de ombros. - Se o palmeira vencer, você passa uma noite comigo.

Abro um sorriso e debocho do jogador no mesmo instante.

- Se o São Paulo vencer, você me arruma o Piquerez. — digo e ele parece não ter gostado muito da ideia mas concordou.

Richard estendeu a mão para mim e com um aperto a gente selou a nossa aposta, de todas as formas eu estaria ganhando nela. Mas, tava torcendo pro tricolor vencer, o Piquerez é um sonho de consumo.

- Não vai me apresentar a amiga nova? — um jogador do palmeiras pergunta olhando para o Richard.

- Não, você é fura olho Endrick. — Richard responde se levantando do meu lado.

Ele passa a mão sobre o ombro do jogador e se vira para poder sair dali, antes de entrar na sala novamente se encaramos uma última vez. Me levantei rapidamente quando vi o Nestor sair do vestiário do São Paulo e ir na direção da outra sala.

- Rodrigo? Rodrigo? — grito seu nome duas vezes mas o mesmo fingi não escuta.

Ele empurra a porta com tudo e eu espalmo para ela não fechar, olho para o Rodrigo ir direto na parte onde tinha uma enorme janela.

- Você vai ficar pagando de desinteresse até quando ? — pergunto olhando para ele e fecho a porta logo em seguida.

- Não te entendo Gabriella, eu enfrentei tudo por causa de você, e você ? O que você fez pela gente? — ele pergunta sem me olhar e eu engulo seco antes de respondê-lo.

- Eu te disse que eu não era aquilo que você queria, não me culpa agora. — digo e ele me olha no mesmo instante, seus olhos estava marejados.

- Em quatro paredes comigo você demonstrava outra coisa, cinco meses foram atoa? Eu te apresentei pra minha família e enfrentei até o seu pai... — ele diz com a voz embargada e eu fico sem reação alguma.

- A gente não namorava Nestor, você sabe que eu nunca quis um relacionamento. — digo me aproximando dele e ele espalma a mão no mesmo instante. - Não faz isso agora.

- Eu gosto de você e você sabe disso, não vou aceitar ser a sua segunda opção. Se resolve primeiro com seus rolos e principalmente com você mesma, quem sabe a gente dê certo daqui um tempo. — ele diz e eu fico sem reação, Nestor sai da sala me deixando sozinha.

Ele era o único que eu pensei um dia em namorar, ele me tratava como uma verdadeira princesa e eu amava isso nele. Mas, eu não conseguia dizer adeus pra minha vida de farra, eu sempre avisei ele que a qualquer momento eu poderia machucá-lo e mesmo assim ele ainda preferiu permanecer do meu lado.

Respirei fundo e sair dali, pra minha infelicidade já vi meu pai de braços cruzados me olhando. Era hoje que eu ia escutar o bastante, olhei para ele de canto sem esboçar nenhuma reação.

- Em casa a gente conversa, pode ir embora com a sua irmã. — ele diz e eu concordo com a cabeça.

Sigo a Giovana até o estacionamento particular e no caminho até lá estava um clima estranho entre nós duas, ela estava calada o que era estranho quando se tratava dela.

- Eu odeio servir de psicóloga, mas o que foi? — pergunto após nós duas entrarmos no carro.

- Você é muito bruta Gabriella, tenho pena de quem namorar você. — ela me responde e eu abro um sorriso sarcástico. - O que você e o Richard conversava?

- Irmã você tá muito curiosa ultimamente. — digo debochando e ela revira os olhos frustrada. - A gente apostou uma coisa e não adianta perguntar o que, eu não vou dizer.

- Você tá entrando em um caminho escuro, ele terminou o namoro tem nem um mês. — ela diz e eu franzo as sobrancelhas confusa.

- Você me conhece bem, eu não me apego a ninguém. — respondo ela e pisco um dos meus olhos.

Giovana não me responde e liga o carro, no caminho até em casa eu ia pensando na melhor maneira de contar para o meu pai que eu tinha pegado o Wesley, ele ia me xingar pois ele tinha aceitado que eu ficasse com o Nestor, mas pra vida do romance, eu pulo a página, não combina comigo.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora