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Anne Stein
~• 🌻 •~

De pouco em pouco, todos os nove messes se passaram. A pequena bebê da Anelise nasceu, loira com os lindos olhos castanhos do pai.

Nunca havia visto a minha irmã tão feliz, ela carregava um sorriso lindo no rosto. Um sorriso forte, um sorriso de vitória.

Em sua primeira visita no hospital, contou o quanto o parto demorou, e como eles precisam fazer os devidos procedimentos dela.

Eu até ficaria feliz, se não fosse a terrível noticia que eu havia recebido.

Estava carregando um lindo buque de tulipas rosas, pois sempre foram as favoritas e admiradas por Anelise.

Assim que cheguei na recepção, a enfermeira me perguntou o que eu havia indo fazer naquele hospital.

— Venho visitar o quarto 483, da Anelise Stein Kaulitz — Sorri, orgulhosa.

Ela deu um pequeno sorriso ao ver a ficha médica.

— Ah claro, mande os parabéns! — sorri gentil, me guiando até o local.

Eu e Anelise não somos nada parecidas, mais temos algumas semelhanças bem marcantes no nosso rosto. E por esse motivo, o doutor da Ane me reconheceu.

— Você seria a Anne, nao é? — Ele questionou, logo afirmei que sim. — Antes da visita, queria que me seguisse.

Abismada, não ousei em retrucar. Caminhei junto a ele até um escritório médico.

Me sentei pensativa na cadeira, enquanto observava cada perímetro do local.

A parede branca, desenhada com vários personagens infantis. Os pôsteres médicos. Tudo que me parecia uma sala pediátrica.

— Entao?... — Perguntei curiosa, preucupada.

— Antes de fazer o parto da sua irmã, tivemos que fazer um check-up geral. E acabamos descobrindo que... a sua irmã, tem uma doença extremamente séria. Câncer.

Palavras fortes ecoaram sobre a minha cabeça, fazendo meus tímpanos tremerem. Oh não.

— Oh. — Fitei o chão, assim que as lagrimas desciam sobre o meu rosto.

— O parto foi bem sucedido, porém demorou breve 7 horas de trabalho. Sua irmã está fraca, garanto que ela já sabia do motivo. — arfou triste — sinto muito.

O olhei desacreditada.

Sai sem pensar duas vezes daquele escritório, indo até o berçario. Onde estava a pequena Amélia, nome escolhido pelos dois pais.

Ela era extremamente linda, incrivelmente semelhante ao seu pai. Mais tambem muito parecida com a família da sua mãe. Ela parecia a Ane pequena.

— Oh meu amor — susurrei contra o vidro do berçario. — Nada irá me separar de você, nada.

Ela pareceu entender, quando seus pequenos olhos quase fechados. Encaravam a minha direção.

Era tão delicada, tão pequena e insegura para viver isso tudo sozinha.

Eu sabia que Ane era forte, que ela se recuperaria e reviraria o jogo. Mais eu nao tinha certeza, por mais que eu quisesse.

Eu tive tanta certeza sob mamãe, que ela acabou morrendo.

A olhei uma ultima vez, dando adeus á minha sobrinha. Caminhei de volta para o quarto 483, onde minha irmã se recuperava de todo o parto cansativo.

— Anelise?! — Chamei a mesma, que parecia dormir profundamente.

— Uhm? — Bufou sonolenta.

— Sua bebê é linda — sorri acariciando seu rosto. Senti seus lábios se curvarem em um pequeno sorriso.

— ah é? E com quem ela se parece mais? — Pareceu interessada.

— Ela me lembra muito o Tom, mais ainda sim parece com você quando criança.

— Nove meses na barriga para lembrar mais o Tom?! Ainda bem que ele é bonito — Deu uma risada leve. Choramingando de dor.

A cicatriz do corte ainda estava dolorida. E eu entendo bem como isso pode machucar.

— Onde está o Tom? — Perguntei vendo a mesma relaxar.

— Ele foi dormir, ficou dois dias direto aqui comigo. — Ah sim, agora era a minha vez de ficar com ela. — Depois de você vem a Lotti, nao é?

— Sim... vem sim — Encarei a janela, lembrando de um diálogo anterior. — Ane.

A chamei, vendo a mesma me olhar devagar, sem se mecher muito.

— Você, sabe o porque das complicações no parto? — Vi seu rosto gelar. Não, ela não podia saber nesse tempo todo.

— Anne, Anne por favor. Nao chora — Funguei enquanto me derramei em lágrimas.

Era tão difícil perder pessoas assim. Eu não imagino a minha vida sem a Anelise, não me imagino sozinha em meio nessa escuridão toda do mundo.

Quem seria a titia babona do meu filho? Quem seria a minha fiel companheira? Quem restaria para relembrar o passado comigo?

Eu a amo, e nao vou perder ela. Nunca!

— Eu irei pagar, vamos todos pagar o melhor tratamento para você. Ane — Afirmei, chorando mais.

— Nao precisa. Sabe, o câncer é incurável.

— NÃO!

o rosto dela era amedrontador. Seus cabelos estavam ralos, finos como os de mamãe.

— Por favor, Ane. Não me deixe sozinha — Segurei suas mãos, as beijando. — Eu te amo tanto, minha loira.

— Eu não irei. Eu nunca vou te deixar, irmã — Vi seu rosto inundar de lágrimas.

[...]

Antes que me julguem, leiam até o final da história. Por mais que não termine como vcs queriam, vai ser lindo de qualquer jeito.

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𝗥𝗘𝗗𝗘𝗡, Tom Kaulitz ★Onde as histórias ganham vida. Descobre agora