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Anelise Stein
~• 🌷 •~

Papai parecia estar nervoso, suas maos apertavam o volante com força enquanto Hanna estava em meu colo, apesar da febre nao ter afetado tanto ela, a pequena estava cansada e queria dormir em meu colo.

— Hanna, se quiser pode dormir okay? — papai pergunta para ela, enquanto ela balança a cabecinha afirmando.

— Poxa pequena — bufo enquanto acaricio seus caixos. — Vai melhorar, tudo bem?

— Uhum — ela remexia seu rosto, quando o carro passou em um quebra-molas.

[...]

— Ela está bem gripadinha, esse clima está bem ruim. — A médica dizia enquanto observava a garganta de Hanna.

— Ela começou á ficar assim esses dias, estou bem preucupado —  Papai alisava o rosto. Sempre quando ficavamos doentes, mamae era pediatra e sabia os melhores remédios, e a cura para que no outro dia voltassemos á brincar e estar bem de saude.

— Ela vai melhorar doutora? — Pergunto olhando ela na maca.

— Claro que vai. Precisa tomar esses remédios — Entregou um papel, no qual havia as informações necessárias para o cuidado da loira.

A médica desceu a loirinha da maca, em seguida papai pegou ela no colo se despedindo da médica. Saimos do hospital e fomos direto para o carro. Onde papai dirigia até uma farmácia.

[...]

Acordei com pequenas olheiras embaixo da minha pálpebra. Ontem demorei á dormir, estava sempre visitando o quarto do meu pai, vendo se Hanna estava bem e se nao sofria de febre.

Me levanto da beliche, olho meu corpo e meu rosto no espelho. Estava acabada, um blusão velho tampava a metade do meu corpo, enquanto um pequeno short cobria pouco da minha coxa.

— Nao acredito — Bufo, revirando os olhos. Saio do quarto toda desleixada e nao vejo papai. Ele tambem estava a noite toda vigiando Hanna.

Dessa vez sem a companhia de minhas irmãs ou de meu pai. Abro uma caixa do nosso cereal preferido, coloco ele na tigela e a preencho de leite.

Dessa vez nao era aquela mesma animação, em saber que Hanna nao estampava aquele sorriso fofo e inocente, ela estava doente e papai parecia tao acabado e triste por isso. Desde que mamae morreu, papai aprendeu á lidar com tudo sozinho, remédios, comida, cuidados. Tudo ele fez sozinho, nunca nenhum parente e nem nada ô ajudou.

Quando nôs mudamos, papai estava vitorioso. Com seu trabalho, elevou para um novo cargo na impressa o que nos permitiu mudar de cidade.

Quando nos mudamos para Las Vegas, achei que seria dificil se acustumar com essa nova vida, novos amigos e nova rotina. Porem percebi que tinha medo da mudança, do recomeço.

Todos foram caridosos, e sou grata por isso. Hoje em dia posso nao ter os melhores amigos do mundo, e nem as melhores influências, como a Lotti. Porem nao preciso da vida perfeita, o caos que vivo me satisfaz. Só quero a saude para minha familia e para os que querem meu bem.

Troco de roupa e caminho em direçao á escola. Hoje tinha uma ventania, irritante, que levava meus fios loiros ao vento.

— Que carinha, de desanimo Lise — Lotti murmura ao chegar até mim.

𝗥𝗘𝗗𝗘𝗡, Tom Kaulitz ★Onde as histórias ganham vida. Descobre agora