"O mundo não foi justo conosco. Você se tornou carente de atenção por nunca ter sido amado o suficiente.
Irônico, naquela época foi a minha intenção partir seu coração... Talvez, para um dia te contar o quão apaixonada fui por você... não. Eu já sa...
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Lya
Um zumbido intenso ressoava nos meus ouvidos, enquanto minha cabeça girava de forma avassaladora. Ao abrir os olhos, arrependimento imediato se apoderou de mim; minhas retinas queimavam como se estivessem envoltas em chamas.
— Maldição! — gritei, envolvendo minha cabeça com a coberta imediatamente.
Gradualmente, comecei a me acostumar com aquela sensação terrível. Espiando por baixo das cobertas, deparei-me com meu corpo seminu e, a poucos centímetros de mim, havia outra pessoa.
— O que diabos aconteceu? — sussurrei, esforçando-me para compreender a situação. Maldição, eu não tinha lembranças claras. Tudo o que restava eram flashes da noite de estudos que se transformou em uma festa fora de controle.
Descobri minha cabeça e observei a pessoa que dormia tranquilamente ao meu lado, Zeke. Ele parecia tão calmo e relaxado durante o sono; fiquei imaginando com o que ele estaria sonhando.
Mas espera um minuto, por acaso nós... nós tivemos nossa primeira vez?
Senti meu rosto ruborizar, descobri parte do corpo do loiro e percebi que ele estava completamente vestido.
Um alívio momentâneo se misturou à confusão em minha mente. Ao constatar que Zeke estava vestido, a dúvida sobre os eventos da noite anterior tornou-se ainda mais intensa. Permaneci ali, debaixo das cobertas, tentando juntar fragmentos de memória enquanto observava o sereno rosto adormecido ao meu lado.
Mas eu não faço ideia de que sinais notaríamos se tivéssemos transado...
E onde diabos está meu celular? Meus pais vão me matar!
Comecei a ficar ansiosa, mergulhando em uma leve crise de pânico, e surpreendentemente Zeke começou a acordar. Ele passou a mão no meu cabelo, fazendo-me olhar para ele.
Ele sorriu levemente, seus olhos ainda sonolentos encontraram os meus. Seu sorriso tranquilo me acalmou. Zeke abriu os braços, e eu me deitei, aconchegando-me em seu peito.
— Bom dia, Majestade.
— Bom dia, Z. — Estava com medo de perguntar, mas não podia continuar agoniada. — Zeke, por acaso nós... nós fizemos algo?
— Não — ele disse simplesmente, acariciando meus cabelos. — Não se preocupe com isso.
Zeke explicou tudo o que aconteceu ontem, preenchendo as lacunas da minha memória.
Ele detalhou os eventos da noite anterior, revelando que, embora tenham desfrutado de uma festa animada, nada íntimo havia acontecido entre nós. Minha preocupação diminuiu enquanto ele continuava a narrativa, destacando momentos engraçados. Agradecida pela honestidade de Zeke, relaxei ao perceber que minha ansiedade anterior era infundada. Ao longo da conversa, nossos risos se misturaram, dissipando a tensão remanescente.
