Coração Cigano

Extra: se olha no espelho.

feliz natal, amores da minha vida. muito amor, saude e tudo que vcs quiserem pra vida de vocês.

um presente em dose dupla pra vocês se deliciarem nesse dia 25! obrigada por darem vida a essa história, por gostarem tanto dela. <3

elo, seu tão pedido hot veio aí. aproveite! rs

boa leitura! :)

𖤐

Giovanna Antonelli

O fim de ano já é caótico para qualquer ser humano, mas em uma casa com uma criança ligada na tomada, as coisas ficam ainda mais agitadas. E isso jamais será uma reclamação, mesmo que às vezes eu sinta todas as partes do meu corpo doerem pelo cansaço.

Por isso, vira e mexe mandava minha filha pra passar um final de semana com os avós na fazenda só pra eu poder respirar sozinha.

Sem marido, sem filha, sem ninguém pra encher o meu saco.

Essa semana, minha escolha tinha sido um pouco diferente dos outros dias. Dessa vez, queria aproveitar um momento sozinha com meu marido, já que passaríamos alguns dias na fazenda durante o natal e as férias de Alexandre.

Assim sendo, após deixar Maitê com meu pai e garantir que ela sobreviveria sem mim por apenas dois dias, peguei um avião rumo ao sul do país onde ele estaria fazendo shows naquele final de semana. 

Cheguei em Maringá logo na virada da madrugada, sabendo que naquele horário o show de sexta-feira deveria estar perto do fim e eu conseguiria acompanhá-los de ônibus até o próximo destino, que seria mais para o interior do estado.

— Oi, Ota. Tudo certo por aqui? — entrei no camarim onde a equipe estava reunida.

— Oi, Gio. Tudo perfeito, o show já tá quase acabando e a gente vai direto pra próxima cidade que fica meio longe daqui. Estamos com medo de pegar trânsito e acabar atrasando.

Muitas vezes eu acabava esquecendo que eu era a chefe de todos ali e que é normal que eles se sintam no papel de me informar tudo que acontece, mesmo quando eu estava em um dia de folga querendo algumas horinhas de descanso ao lado do meu marido.

— Confio no seu potencial, querido. Não quero nem pensar em trabalho, só quero aproveitar meu maridinho sem nosso pinguinho de gente junto. — digo em tom risonho, já com o coração apertado de saudade da pequena.

— Preciso marcar um dia pra ir com a Flávia visitar ela, tô morrendo de saudade daquela pestinha.

— Só vá se tiver presentes, você sabe como ela é. — aponto o dedo em sua direção, em uma brincadeira.

Maitê era mimada por todos os tios, todos os amigos, todos os avós, simplesmente por qualquer pessoa que entrava em nossa vida. E isso fez com que ela se acostumasse muito mal com algumas situações, mas que agora era tarde demais pra voltar atrás.

Ouço a última música do show ser finalizada e me sento no sofá, apenas aguardando meu marido terminar as despedidas pra vir me encontrar. 

— Que show foda, puta que pariu. — sorrio ao ouvir sua voz entrando pelo camarim.

Alexandre estava delicioso com uma camiseta de botão preta e uma calça da mesma cor, conseguia sentir de longe o cheiro do seu perfume que impregna em cada parte do meu corpo quando ficamos juntos. Cheguei a salivar de vontade dele, de saudade.