Que sorte a minha te ver errar.

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Ei, como estamos?

Ando meio insegura com tudo que eu escrevo e isso tem me dado um bloqueio bizarro, mas tudo nessa vida passa e eu tenho certeza que logo as coisas se normalizam :)

Vale lembrar sempre: toda história tem 2 lados, 2 verdades e 2 pontos de vista. Cabe a vocês escolher de qual lado ficar rs <3


𖤐

Alexandre Nero

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Alexandre Nero

Os dias seguintes da nossa semaninha de folga foram os mais cansativos possíveis, daqueles que a gente não tem tempo sequer para respirar. Meu corpo tinha se acostumado a vida boa e fácil, acordando tarde e passando o dia todo agarrado na minha mulher.

A realidade foi muito mais dura que isso.

Temos shows marcados a partir de quarta-feira no Mato Grosso, tendo apenas o domingo de folga. Os eventos acontecem todos no mesmo estado e isso facilita muito a vida da nossa equipe que não precisa se deslocar tanto de um lado para o outro.

Na sexta-feira, já sentia todo o meu corpo dolorido, as costas pedindo arrego e meu coração dolorido de saudade da minha morena. Dizer que eu tinha me viciado no cheiro dela era blasfêmia, porque eu parecia me sentir sufocado tão longe dela.

Não sei nem quando seria a próxima vez que vou encontrá-la, visto que a agenda de shows está bem caótica nesse fim de mês.

— Já tá pronto, Nero? — Otaviano colocou apenas a cabeça pra dentro do meu camarim.

O show de hoje vai começar mais cedo do que o comum, já que eu seria a primeira atração do evento e terão muitas outras no decorrer da madrugada. Isso é quase música pros meus ouvidos, e eu me encontro já contando os minutos pra chegar no hotel e descansar um pouco naquela cama macia até a hora de irmos ao próximo destino.

— Pode mandar anunciar que já tô indo. — respondi enquanto ajeitava meu cabelo.

Cheguei no hotel clamando por um banho quente pra relaxar todos os meus músculos, até a hora de irmos para a próxima cidade.

Vi pelo canto de olho que haviam algumas chamadas perdidas de Giovanna em meu celular, mas imaginei que não fosse nada importante e ela só quisesse conversar.

Para qualquer tipo de conversa eu estaria disponível apenas após o banho, antes disso tinha certeza que meu cérebro não teria forças o suficiente pra montar uma frase que fosse.

— Alexandre, tá aí?

Assim que saio do banheiro, ouço a voz de Otaviano me chamando por trás da porta.

— Pode entrar, tá aberta.

Eu estou apenas com uma toalha enrolada na cintura, mas não é como se meu amigo de longa data nunca tivesse me visto nessa situação, e até em situações piores.

Coração CiganoOnde histórias criam vida. Descubra agora