A cada vez que canto, uma canção, pra você.

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É por aqui que tem um fandom em depressão pós travessia? heheheh

Mais um capítulo dessa história que eu estou amando escrever e espero que vocês estejam amando ler na mesma intensidade. Espero que gostem! <3

Quero aproveitar pra fazer uma perguntinha pra vocês e queria que deixassem a opinião de cada um, pra eu ter um norte do que fazer. Tava pensando em fazer o próximo capítulo do ponto de vista da Giovanna, mas sei que vocês estão amando o POV do Nero. Quero muito saber o que vocês acham sobre revezar quem narra, ou se preferem que continue assim. 


𖤐


Alexandre Nero

O restante da semana passou entre trancos e barrancos na minha nova rotina dentro do escritório. Na mesma intensidade que nos entendemos como ninguém em relação a música, nos perdemos em xingamentos quando as ideias não batem. 

Nos encontramos todos os dias, até mesmo aos finais de semana, para iniciar a formulação de um repertório completamente novo pra mim, algo que eu nunca havia feito antes. Meus dois primeiros álbuns foram idealizados e montados por mim e minha antiga gravadora, era composto por músicas mais genéricas que cairam na graça do público e me entregaram a fama e o dinheiro que eu tanto almejei na época. 

Hoje, nossa proposta é totalmente diferente, aliás, a proposta de Giovanna é totalmente diferente. Ela quer que o meu público me conheça mais profundamente, que sinta minhas músicas e as composições do meu álbum. Que as pessoas se sintam parte da minha arte, do que eu sou e do que eu quero que vejam de mim.

Isso incluía um pedido que ela havia feito para mim na quinta-feira, enquanto finalizávamos a música de sua composição.


Flashblack

Eu havia acabado de finalizar a gravação da voz da música nova, depois de várias horas dentro daquele estúdio. Foram tantas repetições que ocupou a nossa tarde inteira, até que tudo ficasse extremamente perfeito. 

Ta aí mais uma coisa que eu não sabia sobre Giovanna: ela era extremamente perfeccionista e não largava o pé enquanto a coisa não fluísse da maneira que ela queria. Isso me deixou um pouco estressado no início, pois estava acostumado com as coisas mais rápidas e práticas. Mas Giovanna insistia que estávamos fazendo arte e que não havia limite pra isso. 

Diacho de mulher chata da porra, isso sim. 

Mas no fim, tive que concordar com ela, os pequenos detalhes realmente faziam a diferença.

— Nero, antes de você ir embora, vem na minha sala pra eu conversar com você rapidinho.

Me despedi do rapaz da equipe dela que estava nos ajudando naquele dia quente pra cacete em Goiânia, e fui seguindo-a pelo corredor até o elevador e posteriormente até sua sala, em completo silêncio sem saber o que ela tinha de tão importante pra falar comigo que não poderia esperar até o dia seguinte.

— Pode se sentar, Nero.

— Opa, agradeço a gentileza.  debochei, porque sabia que ela já estava começando a se acostumar com o meu jeito bruto de levar a vida e tratar as pessoas. 

Isso porque eu, particularmente, estava sendo mais legal do que achava que ela merecia que eu fosse.

— Nós finalizamos uma música hoje e acredito que até Otaviano voltar iremos ter fechado mais uma...  apenas assenti com a cabeça pra ela entender que eu estava prestando atenção no que ela dizia. — Mas eu tô sentindo que falta algo, sabe?

Coração CiganoOnde histórias criam vida. Descubra agora