Verão 19

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Eu namoro, mesmo que não de um jeito muito oficial, dois caras

E eu agora estava vendo os dois brincando no quintal da minha casa, o frio fazia a respiração dos dois parece fumaça de cigarro graças ao frio, mas nem isso impedia os dois de jogar basquete, sorrindo de um jeito muito adorável.

— Três pontos — comemora Satoru ao fazer uma cesta. É ridículo como ele conseguiu ficar bom em meia hora de jogo. Ele é um monstro — Essa é pra você, Nana!

Ele arremessa, e acerta, mais uma vez.

— Vai deixar, Suguru? — brinco depois de assoprar um beijo para Satoru.

– Espera só — Ele não deixou mais o Satoru encostar naquela bola.

Era uma cena muito divertida, mas eu tive que levantar, Kiki passou dentro da minha casa e eu vi o Senhor Muichiro, o pai do Suguru dentro de casa.

Me levantei e fui andando até lá, o pai do Suguru não estava com uma cara satisfeita, o Senhor Muichiro Geto me levou para a sala da minha própria casa, sozinha apenas eu e minha prima... A Kiki estava sorrindo de um jeito assustador... O que ela tinha feito?

Bem, eu não precisei de muito tempo para descobrir.

— Você não é uma mulher decente, é uma promíscua — ele bateu na minha cara.

Uma das pernas que me viu crescer me xingou... E disse que contaria algo pra todos... Eu fiquei em pânico até sem saber o que era.

Ele saiu, meus pais não estavam em casa, e isso me deixava feliz... O Senhor Geto saiu.. Deixando uma Kiki muito debochada para trás.

— Isso que dá ser gulosa e escolher dois homens de uma vez — Ela assopra seu veneno pra mim.

Isso era uma péssima ideia.

— Eu aposto que você faz eles brigarem igual dois cães para ficar com você, aí acontece aquela baixaria do seu quarto, não é? — Ela continua falando... Eu queria chorar. Estava morrendo de vergonha.

Sentimentos intensos geram maldições.

Me lembrei de conhecer a Nanase sensei.

Ela estava com o uniforme da escola jujutsu e uma camisa amarela por baixo da jaqueta aberta, ela usava calças bonitas.

— Vocês dois são novatos nesse mundo, então a minha explicação vai pros dois aí — Ela aponta seu dedo de unhas bem feitas na nossa direção.

Esses eram os primeiros dias de aula do primeiro ano... Faz tanto tempo. O ar ainda estava fresco na primavera, meus cabelos ainda não tinham nem um metro de comprimento, eu ainda usava saias apertadas.

Olhei para o lado, vendo Suguru, ele parecia tão nerd nos primeiros dias, mas a franja era sempre a mesma.

—Hey — Nanase chama a nossa atenção com um raio de sol - daqui pra frente, lembrem-se, qualquer sentimento de vocês afeta o mundo.

— Que besteira — Eu fui a única a desprezar isso. Até o idiota do Satoru me olhou como se eu estivesse falando uma asneira.

Ele estava sentado na beira da janela, olhando pra todos com um ar superior irritante, deu uma risadinha distante ao ouvir a minha voz.

— Querida — Nanase suspira, ela é muito paciente, põe a mão na testa, tentando organizar as ideias — o mundo dos feiticeiros jujutsu é um campo minado de emoções... Poderes como os de vocês...

Podem gerar consequências com suas próprias habilidades...

A frase da Nanase ecoou na minha cabeça enquanto lágrimas horríveis caiam dos meus olhos até pingar no chão.

Kiki saiu depois de se cansar de me xingar. Eu corri pro quarto, juntei todos os itens que eu já quis levar e coloquei nas mochilas.

— Satoru, Suguru! — chamo os dois que estavam sentados na varanda, conversando e talvez se beijando.

— O que foi, gatinha? - o óculos de Satoru escorrega pelo nariz. Ele levaria na brincadeira, mas ao ver meu rosto ele se preocupa. Levantando imediatamente.

— O que aconteceu? — Suguru pergunta, meio confuso também.

— Yaga ligou — Entrego as mochilas deles, torcendo para que eles não se liguem que o sinal de celular não existe aqui — Precisam da gente lá em baixo, rápido.

Céus, eles são incríveis. Gojo e Geto podem ter percebido a mentira, como podem nem ter se ligado... Mas eles agarraram suas mochilas e foram colocar seus sapatos o mais rápido possível.

— O que tá fazendo? — eu vi uma das maldições do Suguru na frente da minha casa.

— Vamos descer mais rápido — ele fala bem sério, encaixando a mochila em suas costas.

— Mas isso quebra as regras... — eu tento argumentar, mas a minha voz era quase nula.

— Quem se importa — Satoru entrelaça seus dedos nos meus.

Subimos na maldição e voamos pra longe daquele lugar, nem me despedi dos meus pais.

Mas uma pessoa de despediria pra sempre.

Nanase sempre disse que feiticeiros de grau especial tem um parafuso a menos.

Uma linha fina se esticava do meu dedo anelar enquanto voavamos, o Jogo de Linhas, alimentado pelos meus sentimentos terríveis, estava agindo. Uma pessoa se tornava marionette, escrevendo uma carta de suicídio independente de sua vontade.

Ela agarrava um método e... Em breve seria encontrada sem vida... A minha adorável prima Kiki.

Eu matei uma pessoa.

Abraço a cintura de Suguru quando o fio de rompe, senti Satoru repetir o meu gesto, me deixando bem para acariciar seus cabelos branquinhos enquanto sua cabeça estava tombada no meu ombro.

Foi silencioso.

Mas... Realmente tinham dezenas de ligações quando chegamos lá em baixo.

— Oi Shoko — retornei para ela primeiro, minha voz era muito rouca e desanimada.

— Céus, ainda bem que vocês estão bem... Pensei que só ia conseguir falar com você no fim do feriado — ela claramente estava apagando um cigarro agora.

— O que aconteceu? — Meu coração palpitava. Isso não é normal.

— A Nanase sensei... Foi em uma missão, mas tudo leva a crer que ela não vai voltar — Meu celular caiu no chão.

Eu não podia acreditar.

Dias de Verão - Gojo/Geto/ LeitoraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora