Verão 3

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— Eu odeio vocês — Digo enquanto tento prender os meus cabelos, totalmente sem jeito agora que os palermas arrebentaram o único prendedor que eu tinha pego para a viagem.

— Suguru, foi tudo ideia do Satoru, eu não fiz nada — Nana empurra toda a culpa do malfeito pro idiota.

💧- Põe toda culpa em mim mesmo, eu sou o mais frágil.

🍓 — FRÁGIL HA-HA-HA (risada sarcástica)

Os dois idiotas desembarcam na minha frente, rindo animados, falando coisas que obviamente não deviam sobre maldições, puxei minha mochila e joguei nos ombros enquanto só ouvia a comoção que esses dois causavam só por existir. E eu entendo perfeitamente os motivos.

Pensava neles enquanto descia as escadas do avião bem tranquilamente, um dos últimos passageiros a sair.
O Satoru chama a atenção, zero novidades, ele nascer foi um evento assim como cada expiração dele... Acho que até o gás carbônico sai diferente. Eu não sei, porém é algo sobrenatural.
Mas não dá pra negar que ele tem... Uma boa aparência, não é muito charmoso, mas é lindo e ele tem a plena ciência disso.
Quanto a Nana, ela é uma deusa tanto na aparência quanto no seu controle de poder, nem de longe tão extravagante, mas é difícil ser mais chamativo que o Gojo.

Os dois são bem unidos, na verdade, nossa turma é realmente próxima.
A única coisa que pode me tirar um pouco do sério é quando pensam que os dois são um casal, eu não sei por qual dos dois isso me irrita, mas faz um certo bicho dentro de mim ficar muito arisco, como se tentassem alterar algo do que eu gosto muito.

Balançando a cabeça para espantar esses pensamentos, alcancei os dois quando fomos pegar o táxi, Satoru com os braços ao redor dos ombros de Nana e a garota segurando a cintura de Satoru.

— Suguru ~~ — Os dois se soltam ao me ver, passando o braços ao meu redor.

Não é uma sensação ruim... Mas é constrangedor quando fazem no meio das pessoas!

— Já pediram o táxi? — Perguntei tentando me soltar dos dois, mesmo que isso seja contra a minha vontade.

— A gente não sabe pra onde tem que ir, Suguru — Nana sussurra no meu ouvido, com uma vergonha na cara muito mais óbvia do que meu colega dos seis olhos.

Ignorando o arrepio que quase levou minha espinha junto, eu olhei pros dois um pouco incrédulo.

— Eu jurava que você seria um pouco mais responsável — Respiro fundo, pegando um papel no meu bolso, indo em direção a um taxista.

O endereço que tínhamos era de uma fazenda de arroz onde a última aparição foi noticiada, também tínhamos algumas informações sobre a área de ação da maldição.

Mas se a gente não tivesse, o taxista teria dito, já que pensa em um homem pra falar de lenda, história assustadora e problemas pessoais... Foi uma tortura de quase meia hora, nunca pensei que um homem com o bigode maior do que a boca poderia falar tanto!

Nana, mais uma vez, estava sentada entre mim e o Gojo e por um instante a garota de cabelos longuíssimos encosta o queixo no meu ombro pra reclamar extremamente baixinho pela falação do motorista.

— Maaas, o que vocês estão indo fazer por lá? — O motorista falador finalmente decidiu apontar para uma questão importante.

— Trabalho de pesquisa! — Satoru atropela qualquer ideia melhor que eu ou Nana poderíamos ter tido.

— Vocês três são da mesma turma? — e ele continua falando!

— É... Por aí — Satoru coça a própria nuca.

Dias de Verão - Gojo/Geto/ LeitoraWhere stories live. Discover now