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Alguns dias se passaram desde que aquela mulher me confrontou, ela faz de tudo para que Gus nunca fique por mais que dois minutos perto de mim e enche Agnes de doces. Isso não seria ruim, mas é porque agora ela está com dor de barriga e choramingando.

— Augusto eu falei pra você impor limites! Agnes é uma criança, crianças amam doces e seu estômago não é de pedra!

— Eu só quis deixa-la feliz!

Lutei para não socar a cara dele, Gus tem me estressado mais do que eu me lembrava. Ou talvez eu que esteja sobrecarregada demais, não estou em Nova York e quase nem saio do quarto resolvendo a droga do problema que nem deveria ser meu.

— Eu não duvido disso, mas quatro algodões doces?

Ele encolheu os ombros com suas mãos pousadas na cintura e eu tive a sensação de estar repreendendo uma criança.

— Ela queria provar todos os sabores.

Arregalei meus olhos.

— E você deu?

— Ela queria.

Estapiei minha testa mas queria mesmo era estapear ele.  Eu vim a sua casa o mais rápido que pude quando ele me ligou.

— Mamãe acabou o papel! — Ela gritou do banheiro.

— Você ouviu isso? O rolo estava cheio.— Resmunguei antes de ir até lá— Deus, me dê paciência. Me dê muita paciência, não sei se serei capaz de lidar com essas duas crianças é demais até pra mim que já fui muito forte então eu te peço encarecidamente que...

Mal passei pela porta e levei um tombo dos grandes, antes de ter minha bunda acertada no chão meu grito ecoou por todo banheiro. Agnes da privada arregalou os olhos e cobriu a boca.

— Ai ai ai, meu bumbum! — Choraminguei.

— Oque aconteceu? — Gus apareceu na porta. — Você caiu?

— Não seu idiota, eu me sentei aqui porque achei confortável! 

Eu juro que se ele rir eu enfio a cabeça dele naquela privada premiada por sua filha.

— Você quer ajuda?

Neguei vendo que escorreguei no monte de papel molhado no chão.

— Agnes oque você fez?

Ela riu achando graça.

— Foi sem queler mamãe, eu quis matar a aranha que apareceu no papel então ele rolou e como eu deixei água cair no chão ele derreteu e aí você apareceu e Boom!

Caiu feito uma manga. — Gus completou rindo.

Eu escurreguei de novo no meio tempo em que levantava. Me segurei no mármore da pia rapidamente, mas minhas mãos deslizaram feito quiabo. Tinha sabão em líquido derramado na pia também.

— Opa, peguei você! — Mãos fortes seguraram minha cintura.

Ergui meus olhos encontrando os de Gus. Eles brilhavam como se estivessem feliz, um sorriso divertido repousava em seu rosto e eu não pude deixar de pensar o quanto ele era lindo. Seus cabelos castanhos sobre a testa e uma camisa que marcava seus músculos e quis muito, muito fazer coisas que não deveríamos.

 (Des) sintonizados.Where stories live. Discover now