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ANOS ATRÁS
O começo.

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Ele tem vindo todos os dias, é irritante mas acabei me acostumando com sua presença, por tanto que ele mantenha seus olhos pesados longes de mim.

— Hanna a mesa treze quer repor a mostarda.— a morena falou com novos pedidos em suas mãos.

— Tô começando à achar que eles levam tudo em um pote. — A garota reclamou.

Acabei rindo daquilo enquanto Tifanny levava os pedidos até a cozinha. Semanas se passaram e ainda não contei a Sophie que estou aqui. Mas fui vê-la se apresentar ontem, ela estava radiante da plateia podia-se ver seu sorriso. Embora três garotos e uma garota de cabelos rosa em minha frente não calavam a boca, fiz tanto barulho de silêncio que não duvidaria se eu quem estivesse incomodando.

Encarei minha pele um pouco suja de tinta. Acabei de chegar para meu turno da madrugada, e hoje foi o último dia da apresentação de Sophie. Era o seu solo, mas não foi ela quem apareceu quando chamaram o nome dela. Então eu tive que procura-la porque Sophie nunca desistiria.

Meu coração acelerava e minha mente martelada desculpas para caso eu a encontre, oque eu digo? A verdade? Mas não estou pronta. Pelos corredores daquele teatro imenso eu a procurei em cada canto por trás daquele palco. Até ouvi sons abafados e choro.

Me aproximei da porta mas senti algo molhar meus pés, Encarei o chão um balde de tinta vermelha derramado ali. E som da porta de metal cada vez mais alto.

— Que merda é essa? — praguejei ao dar um passo para trás depois de ouvir gritos de socorro.

— Por favor me ajude! — Mais batidas. — Estou presa não consigo sair!

Tentei girar a maçaneta mas estava dura, chutei a porta mas não consegui.

— Está emperrada não consigo abrir, vou chamar ajuda! — Gritei correndo o mais rápido que consegui com aquela tinta em meus sapatos.

Eu tinha certeza que aquela era a Sophie atrás da porta, alguém prendeu ela lá. Lembrei do seu namorado o Michael, eu tinha visto algumas fotos dele mas nada mais além disso. O encontrei no corredor ele parecia procurar por algo, ou alguém.

— Ei, você! — Ele me encarou. Minha voz ofegante pela corrida.— Michael certo?

— Sim?

— Preciso de ajuda. — Sua testa franziu. — Bem, a Sophie precisa.

E não precisei dizer mais nada para que ele me seguisse, seu rosto preocupado e seus olhos escuros inquietos. Sophie tinha razão, ele era mesmo ainda mais bonito pessoalmente. Mas aquele não era o momento para avaliar o bom gosto da minha melhor amiga.

Voltei minha atenção para meu trabalho quando o sino acima soou. Mais clientes indo embora, meus olhos ainda ardiam pelas lágrimas. Eu queria ter dito que estou aqui, mas Sophie depois de reivindicar sua apresentação passou mal e tivemos que ir para o hospital. Lá ela praticamente me implorou para que eu ficasse mas aqui estou fingindo pra ela que ainda estou na Itália por causa de um medo idiota.

— Estou parado aqui um tempão, no que está pensando que não me ouviu?  — Sua voz encheu meus ouvidos e parou bem acima do meu estômago.

— Quer pedir sua conta? — Digitei Oque ele consumiu.

— Sim, mas também quero que olhe pra mim.

Meus dedos adormeceram nas teclas.o ignorei por alguns instantes.

 (Des) sintonizados.Where stories live. Discover now