Capítulo 10

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          Momentos antes do Nicolau e da Elysia terem confessado que o Senhor tem os mostrado que são o prometido um do outro, o duque de Bentley, Hugo, passou pelo jardim e viu a Elysia toda emocionada ao receber o ramo de girassóis que o Nicolau estava a oferecê-la.

         O Hugo não ficou nada contente em ver que o Nicolau estava a conquistar a Elysia bem em frente dos seus olhos. Não o agradou o facto de a Elysia e o Nicolau terem se tornado tão próximos em apenas quatro dias.

         Como o Hugo notou que estava a perder a Elysia para o Nicolau, ele se sentiu na obrigação de fazer alguma coisa para impedi-los de ficar juntos. No mesmo instante ele se lembrou de quem o Nicolau é e decidiu que estava na hora do rei Gregório saber que o filho do seu rival estava a tentar cortejar a sua filha.

         O Hugo parou em frente da porta da sala do rei e o António, o criado e assistente do rei o impediu de bater à porta:

         — Tem alguma audiência marcada com a sua majestade, vossa graça? — perguntou o António educadamente. — pois o seu nome não consta aqui na lista de audiências do rei para o dia de hoje.

         — Para ser honesto, eu não tenho nenhuma audiência. — ele admitiu. — mas, eu tenho um assunto muito importante a tratar com o rei que não pode esperar até que eu marque uma audiência.

         — Desculpe-me, mas não estou autorizado a deixar ninguém que não seja da família real a entrar na sala do rei e falar com ele sem ter uma audiência. — ele fala educadamente e o duque fica irritado. — se a princesa Elysia estivesse livre, eu o encaminharia à ela. Mas, eu tive informações de que vossa alteza tirou à tarde de folga.

         — Não tem como eu tratar esse assunto com sua alteza, pois é sobre ela e os seus pretendentes. O rei precisa estar informado que o filho do seu rival está a tentar cortejar a sua filha e está a conseguir. — o Hugo solta sem querer e no mesmo instante o António fica pálido.

         — Pode entrar, vossa graça! — ele fala e abre a porta da sala do rei para que o duque possa entrar.

         — Vossa majestade! — o duque exclama enquanto faz uma reverência ao rei. — peço perdão por interrompê-lo, mas o que venho falar é de extrema importância e não poderia esperar até o dia seguinte. — ele fala ao se recompor e o rei o olha com atenção.

         — O que é tão importante que vossa graça tenha que vir interromper as minhas actividades? — ele pergunta sério.

         — É sobre a Elysia e o seu potencial pretendente. — ele fala preocupado.

         — Pode se sentar, vossa graça! — exclama o rei ao ficar com uma expressão preocupada no rosto.

         — Vossa majestade, sabe onde a Elysia está, com quem ela está e o que ela está a fazer nesse exato momento?

         — Claro que eu sei! — o rei fala incrédulo com a pergunta feita pelo duque. — Ela está no jardim do palácio a fazer um piquenique com um dos seus pretendentes e a Manuela. — ele fala num tom autoritário.

         — Vossa majestade, sabe quem é esse pretendente? — ele pergunta num tom presunçoso.

         — Sim, é um tal de Nicolau! — o rei fala num tom demonstrando o óbvio.

         — O nome Nicolau não o parece familiar, vossa majestade? — ele pergunta com uma expressão de quem sabe de alguma coisa que o rei não sabia.

         — Onde você quer chegar com todas essas perguntas, Hugo? — o rei pergunta impaciente e irritado.

         — O pretendente de sua alteza é o Nicolau Cordovil de Montfort! — ele fala e no mesmo instante o rei fica em choque ao ouvir o sobrenome Montfort. — o filho do seu rival, o quarto na linha de sucessão ao trono de Veridonia está a tentar cortejar a sua filha! — ele fala num tom mais elevado.

Redenção RealWhere stories live. Discover now