Cap 07: Olho no olho.

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No corredor para a arena, minutos antes do começo do Ragnarok:

Encostado na parede, Dionísio se prepara para o combate, saboreando um vinho pérgola tinto suave enquanto come pequenos cubos de queijo.

-Está ansioso?

Ouve-se uma voz distante, acompanhada de passos leves que se aproximam do Deus.

-Claro que não, tô acompanhado deste belo vinho.

-É por isso que está bebendo um vinho fraco? Por acaso quer ficar lúcido?

-Não consigo te esconder nada, imagino.

-Uma mãe sempre conhece seu filho!

A voz que aproxima pertence a Sêmele, filha de Harmonia e Cadmo, mãe de Dionísio, que vinha acompanhada de um Leopardo e uma pantera Negra.

-Apesar que… Eu não mereço ser sua...

Dionísio impede a fala de sua mãe colocando um cubo de queijo em sua boca.

-Nem ouse falar essas palavras.

-Mas… eu sou só uma… uma… humana, e você, meu filho, um Deus!

-Antes de ser uma humana, você é minha mãe, e isso já é motivo o suficiente para eu encarar o paraíso inteiro se necessário! Querem dar um fim aos humanos, que façam, mas nenhum Deus se quer vai encostar na senhora, quando eu pisar naquela arena, saberão a força de Dionísio!!!

-Mas… E se você morrer?

-Erga a sua mão, mãe.

Cumprindo o pedido de seu filho, ao estender a mão, nela surge uma enorme garrafa de Cabernet Sauvignon 2015.

-Eu jurei que vamos virar essa garrafa depois do Ragnarok, em nome do Rio Estige!

Dionísio com um semblante confiante e uma animação infantil, ativa o capitoso e anda em direção a arena, sem olhar para trás, acompanhado dos felinos que vieram com sua mãe.

Mesmo sendo um Deus, esta foi a primeira vez em sua vida, que Dionísio sentiu-se no topo.





Na arena.

Com descrença, todos no coliseu observam o Deus dos vinhos consumindo o próprio sangue carmesim com tanto fervor; como se estivesse bebendo o hidromel mais puro que pudesse encontrar.

As bochechas avermelharam-se, e aos poucos, vai perdendo o equilíbrio, até cair no chão inconsciente.

O silêncio é a resposta do público, sem saberem como deveriam reagir ao certo.

"A vitória é dos humanos?" questionam.

"Tem algo errado, quanta imprudência minha pensar que um humano teria chance, é algum ataque surpresa de Dionísio" se corrigem os Deuses.

O que não sabiam é que algo próximo se passa na mente de Zumbi, sendo um general e estrategista de combate, ele se aproxima vagarosamente do Deus.

O que se prova verdade.

Dionísio se impulsiona na direção do líder dos quilombos aplicando um soco revestido a ouro.

Defendido pelo pandeiro, sendo usado como escudo, embora a força de ataque cria um impacto que afasta os lutadores para longe um do outro.

Enquanto o humano caía em cheio no chão, o ser divino caiu rolando e incrivelmente parando em pé, embora cambaleou bastante.

Ragnarok: Deuses Contra HumanosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora