Cap 05: Arma divina

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Capitoso.

Com um olhar fixo a arena, Hércules pontua para si.

-Esse é temível poder de Dionísio que faz com que Deuses fortes como eu não encarem de frente. Tava demorando para usar, hein! É realmente uma habilidade assustadora, desmorona até as mais fortes bestas.

Cercado por jovens humanos de pouca roupa, afirma Boto:

-Seu corpo exala um cheiro quase imperceptível com forte teor alcoólico, só de está perto dele, um minuto já é o suficiente para não conseguir manter-se em pé.

Desviando o olhar para o Deus grego, Boto passa sua mão levemente sobre o braço musculoso -Nunca tive dúvidas de meu parceiro. Já, já a luta se encerra. Ai, vai ter um bacanal daqueles fora da arena, vamo?

-Só se for agora, gato! Ou devo te chamar de que?

-Me chame do que quiser bebê.





-Então este é seu triunfo, Deus?

-Não seja tão arrogante, escravo.

Dionísio expressa uma feição de vitória enquanto faz surgir uma garrafa de vinho Château em sua mão direita.

-Agora, por que não age como um cachorrinho que acabou de receber um chute daqueles e chora em silêncio, percebendo o quão ridícula foi sua tentativa em se opor ao seu dono.

Com um sorriso de canto, Zumbi olha para o pandeiro em seu braço e começa a se lembrar de antes do torneio.





Sala Dos Treze Humanos.



Moisés abre uma das trezes portas em um longo corredor, e se aproxima de Zumbi que está sentado no chão com os olhos fechados em uma espécie de meditação, no meio de quarto com aparelhos de academia totalmente destruídos por todo o lugar.

-Líder dos Palmares, gostaria que fosse o primeiro a lutar; mas já aviso de antemão, não espere que seu oponente esteja em nível próximo a tudo que já enfrentou.

-Estou ciente.

-Mas apesar de não sabermos nosso oponente, tenho uma ideia de quem será o primeiro Deus a lutar, por isso, pegue isto.

Conclui arremessando um pandeiro com uma corrente.

-Uma corrente? Isso é uma piada de mau gosto?

-Não faça desfeita, esse instrumento pode aparentar fraqueza, mas acredite, é algo extremamente letal.

-...Quanta ironia.

-O que?

-Passei minha vida inteira com o objetivo de livrar o meu povo das correntes. Mas agora, para salvá-los, terei que me permitir ser acorrentado.

Moisés abaixa a cabeça diante do pronunciamento do líder do Quilombo, entendendo o peso das palavras ditas.

Um silêncio que foi interrompido ao som das correntes sendo colocadas em um bracelete de aço no pulso de Zumbi.

-Desconheço tal liga metálica.

-É aço divino, só encontrado no paraíso. É mais resistente que qualquer aço do mundo humano. Conseguir convencer dois Deuses a fabricarem trezes armas para nós. Vou manter tais identidades ocultas, por pedido deles.





-Posso lhe fazer uma pergunta, Deus?

Dionísio expressa uma curiosidade infantil, contudo, disfarça com uma arrogante afirmação:

Ragnarok: Deuses Contra HumanosWhere stories live. Discover now