Amanhecer.

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Após a recaída de todos e as novas descobertas, demorou umas boas semanas para Luffy se estabelecer. Sua doença não parava de se agravar.

Seu corpo estava se deteriorando muito rápido. Sua vontade de viver só aumentava. Mesmo se morresse sua vontade passaria adiante e não aceitaria perder fácil assim.

Finalmente, ele sentiu que era a hora de ter seus poderes de volta. Seu corpo elástico seria muito útil. O verdadeiro problema era seu tempo.

Evitava ir pra faculdade, e já não recebia mais nenhum dos seus companheiros na própria casa. Se falasse algo alguém poderia morrer.

— Eu confio que o Mar escolherá um bom portador para ser o seu Deus… então me desculpe, mar. Mas terei que matar seu representante. — Luffy súplica por perdão na frente da praia.

A verdade, é que tinha escondido o que de fato aconteceu naquele dia em que Imusama o visitou.

“— Então, é muito bom te ver de novo. Você sabe. Você é o meu caçula. Meu irmãozinho lindo. — Imusama toca no rosto de Nika, acariciando sua bochecha.

Nika ficou parado. Conhecia muito bem o irmão mais velho. Ele não é do tipo sentimental então, ele quer algo ou veio dar um aviso a moda louca.

Imusama era esperto o suficiente e sabia muito bem o que estava acontecendo, sabia que os amigos de Luffy não poderiam aparecer naquele momento, mesmo que quisessem.

— Fale. O que deseja? Já não me tirou tudo!?! Meu filhote! Minha família! A liberdade de todos!? — Luffy fala irritado, ficando frente a frente com seu irmão mais velho.

— Eu não tirei tudo de você. Você tem muito a perder ainda. Principalmente sua vida. — Imusama larga o rosto de Luffy. — Você sabe que eu te amo… e foi você que iniciou isso primeiro. Você acabou com tudo que eu tinha, mesmo assim eu te amo.

— Mentiroso… você sempre deixou claro que eu era um fardo pra você! — Luffy rebate, suas pernas não temiam por medo e sim por ansiedade.

— VOCÊ TIROU A VIDA DOS NOSSOS PAIS! — Imusama grita com o caçula da família.

Sim. Quando Luffy nasceu, sua mãe não aguentou a dor do parto e acabou morrendo para dar a luz ao seu caçula. Antes de morrer, pediu que o nome do bebê fosse Luffy, e que o tratassem com amor. Acontece que seu pai, sempre olhou com desgosto o filho mais novo, mesmo que tentasse amá-lo. Imusama nunca deu bola para o recém nascido, porém, quando Luffy completou seus dois anos de idade, seu pai saiu de casa na madrugada, na manhã deste mesmo dia ele foi encontrado no Rio, ele tinha se suicidado.

— "Ele não aguentou a perda da esposa", " pobres crianças não vão uma família ", " eu ouvi falar que o caçula matou a própria mãe "! Era isso que eu tinha que escutar por sua culpa! — Imusama vira o corpo de Luffy, e bate sua cabeça na pia de mármore.

A testa de Luffy continha um corte profundo. Sua visão ficou embaçada, levou as mãos para a cabeça, e Imusama todos em ambos os braços, com a temperatura de seu corpo extremamente baixa, acabou queimando os braços de Luffy.

Imusama estava sorrindo com os gritos de agonia e de pavor do caçula. Ele estava pagando por todo mal que fez.

Assim que Imusama para, vê o vapor subindo. Estava se sentindo satisfeito. Porém, sentia que estava faltando algo. Sim. Ele ainda gostaria de atormentar o psicológico de Luffy.

— Seus amigos… não vejo nenhum deles aqui com você agora. Tem certeza que eles são seus amigos? No seu primeiro surto todos eles viraram as costas pra você… isso me lembra quando eu armei tudo… coitado. Ninguém de verdade liga pra você. Querem que você apenas sorria. — Imusama começa a caminhar pelos cômodos, alternando entre cozinha e sala.

Ao Nosso Eclipse - LawluWhere stories live. Discover now