CAPÍTULO 54

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Dedo na estrela e vota no cap
Boa leitura mores

POV - MON

Posso não ter comentado antes, mas sempre desejei ser mãe, e depois da conversa que tive com Nam esse desejo só aumentou, ela meio que me ajudou a trazer pra mim esse desejo só que bem maior do que antes

Mas diferente de mim, Sam pensava diferente, eu entendo o lado dela, afinal com a vida que levamos e os riscos que corremos é realmente perigoso ter um filho, mas eu não queria deixar isso atrapalhar

Todas as vezes em três dias que se passaram quando eu tocava nesse assunto Sam evitava, isso me irritava e em algumas vezes acabávamos discutindo, como agora, tarde da noite Sam chegou do trabalho, eu já estava em casa porque hoje fui para o meu trabalho, algo que ela também não gostou, mas eu não podia faltar, afinal tiveram uns problemas lá que só eu conseguia resolver

- Eu já te falei, não tem como - Sam está impaciente e eu também, mas tento manter a calma

- E porque? Trabalharmos na máfia não nos impede de ter um filho sam

- A questão não é só essa - Ela começa a gesticular impaciente enquanto fala - O que eu vou falar para o nosso filho quando ele me pedir para fazer um passeio no parque? Quando me pedir pra levar ele a escola? Quando pedir para ir ao shopping? Quando pedir para fazer coisas normais que eu Mon não posso fazer, eu sou uma mafiosa procurada! Com que cara eu iria encarar nosso filho e explicar pra ele porque ele não pode ser como uma criança normal?! - Sam está descontrolada, o que ela fala faz sentido, mas eu fico muito chateada com a forma que ela fala comigo

- Você sabe que eu sempre quis ter um filho! - Começo a me descontrolar também - E eu vou ter um filho com ou sem você! - Aponto o dedo na cara dela, de todas as vezes que falamos sobre isso e gerou uma discussão essa vez está sendo a pior

- Então você vai me deixar se eu não concordar com isso, é isso que está querendo dizer?! - Pergunta com raiva, encaro ela sem falar nada, eu jamais deixaria Sam, eu a amo muito para permitir que um desejo acabe com nosso casamento - Responde! - Sam me prende na parede

- Você entendeu errado - Talvez eu tenha falado demais e ela entendeu o que eu falei no momento da raiva, Sam me solta e pega a chave do carro dela em cima da cama - O que vai fazer?

- Vou sair daqui - Sam sai do quarto ignorando os meus pedidos para que ela não saia, ela sai no carro com muita velocidade

- Vai atrás dela e trás ela pra mim - Falo para um dos homens que ficam de vigia em frente nossa casa - AGORA - Ele sai rapidamente para fazer o que eu mandei

Entro em casa muito chateada, eu poderia matar a Sam com a raiva que eu estou, mas o fato de compreender o que ela fala ameniza um pouco a situação, mas com certeza vamos ter uma conversa por ela ter saído assim

Depois de um longo tempo esperando, ligando pra ela e sendo ignorada recebo a mensagem de Charles que foi atrás da minha esposa avisando que a mesma estava em um bar bebendo muito e que ameaçou mata-lo se ainda insistisse em trazer ela

Decido pegar a primeira roupa que eu vejo para vestir e ir atrás dela, uma calça e um moletom, não tem porque me arrumar, saio indo até o endereço que Charles me mandou

- Onde ela está? - Pergunto assim que entro no bar, Charles aponta para uma mesa que está em um canto - Fica aí - Caminho até ela, jogo a chave do meu carro na mesa e sento ao lado dela, céus, ela já bebeu muito - Você sabe que tem bebida na nossa casa, não precisava ter vindo aqui - Ela está com a mão do lado do rosto com a cabeça baixa encarando a bebida no copo - Olha pra mim - Seguro a mão dela que me impede de ver o rosto dela, assim que vejo o rosto dela, vejo que ela está chorando, meu coração fica em pedaços, Sam não costuma chorar, e as vezes que eu vi foram difíceis para mim

- Desculpa ter saído assim - Sam fala com a voz baixa sem me olhar nos olhos

- Ei... - Seguro o rosto dela com delicadeza para ela olhar pra mim - Não precisa pedir desculpas - Limpo as lágrimas do rosto dela - Se não quer ter filho tá tudo bem, eu posso lidar com isso - Deixo um selinho nos lábios dela - Amor, você tá me entendendo? Parece que você bebeu muito

- Mas você quer ter muito um filho - Felizmente o assento é um pequeno sofá de bar que permite que a gente fique próximas de frente uma pra outra, mas mesmo de frente pra mim ela evita me olhar nos olhos e olha o copo na mão dela com a bebida - Você até falou que vai me deixar

- Você sabe que eu te amo e jamais faria isso - Tiro a bebida da mão dela e coloco na mesa, seguro as mãos dela - Desculpa por ter falado sem pensar, eu não quero te magoar e não quero que chore, é muito difícil te ver assim chorando - Sam me olha, nesse exato momento ela não parece ser chefe de nenhuma máfia

- Eu quero ter um filho - Ela começa a falar enquanto me olha, eu nada falo para não atrapalhar, mas fico feliz em saber que ela deseja ter um filho apesar de tudo - Só que, é tão complicado, não sei se consigo

- Eu também tenho meus medos amor, mas eu sei que posso superar cada um porque tenho você comigo - Mais uma lágrima desce dos olhos dela e eu limpo rapidamente - Eu falo que quero é porque confio em mim, confio em você, eu confio em nós duas

- Eu nunca tive uma mãe, tenho medo de não saber como ser uma boa mãe - Tento ser forte por ela esse assunto é muito delicado, mas é inevitável impedir que uma lágrimas não desça pelo meu rosto - Eu só tenho você, eu nunca tive nenhuma outra família depois do meu pai, você agora é minha única família - Sam é a mulher mais forte que conheço, infelizmente a mãe dela morreu quando deu a luz, houve complicações e a mesma não resistiu, então o pai dela criou Sam e ensinou tudo que ele sabia, foi bem difícil para Sam me contar detalhadamente toda a história e tenho certeza que agora está sendo difícil pra ela tudo isso, puxo ela para um abraço

- Você sabe que eu sempre vou está ao seu lado, né? - Eu não sei se aqui em um bar é um bom lugar para conversamos algo assim, mas não importa, me afasto dela e colo nossas testas - Podemos ver a possibilidade de ter um filho com calma, a gente consegue e vamos aumentar nossa família - Faço um carinho no rosto dela, ela já parou de chorar - Eu também não recebi tanto amor dos meus pais, mas acredito que nós duas podemos aprender como sermos boas mães - Ela me beija, um beijo cheio de amor e delicadeza, um beijo selando algo profundo e cheio de promessas e sentimentos

- Eu vou aprender muito com você... - Ela fala - E eu vou amar você grávida - Um sorriso preenche nossos lábios - Mas eu não sei como funciona

- Tudo bem, vamos ver com calma... Mas eu quero o quanto antes mesmo tendo vinte e um anos - Sam acena me dando um selinho

- vai brigar comigo porque vim para um Bar?

- Minha intenção era essa mas eu mudei de ideia - Me levanto - Vou te levar pra casa, paga a conta e vamos - Ela faz uma expressão de preocupação - Que foi?

- Eu não trouxe nada, não tenho como pagar - Fico surpresa

- Como você vem para um bar e não vem com dinheiro e ainda bebe horrores? - Ela levanta e sente uma tontura na hora, seguro ela pra não deixar ela cair

- Paga pra mim?

- Eu vou chamar o Charles pra te levar pro carro

- Não! Eu não vou te deixar aqui - Ela segura firme em minha cintura - Vou com você

Mando o Charles pegar minha bolsa no carro para eu fazer o pagamento, falo também pra ele levar o carro da Sam e deixar na garagem, ela iria comigo, não estava em condições de dirigir

No caminho pra casa foram várias tentativas da minha querida esposa insistindo que eu parasse o carro

- Eu não vou parar o carro, podemos fazer isso em casa amor - Falo com a atenção no trânsito e ao mesmo tempo tentando resistir a mão boba da minha esposa que está necessitada

- Para o carro - Seguro na mão dela e deixo apenas uma no volante - Por favor - Olho pra ela por um segundo

- Então deixa eu procurar uma rua mais calma - Sam sorrir maliciosa e eu também acabo sorrindo - Será rápido não se anima muito - Nem eu tinha certeza das minhas palavras

Que mal teria, meu carro, rua pública e minha mulher

Tudo bem não ser normal?Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz