Capítulo XXXI: a descoberta part.2

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Meu vínculo revira em agonia, apenas de imaginar ele sendo ferido, mas eu não me importo. Esses sentimentos nada mais são que uma maldição genética, não algo genuíno.

Se eu consegui sobreviver aos abusos psicológicos e físicos de Davis, eu poderia sobreviver ao desespero do vínculo. Irei sofrer de qualquer forma, tendo Tristan ou não, o maldito sempre achará uma forma de me abalar.

A verdade é que eu sofro por ele.

" Me dê o seu pior. Eu amo que minha companheira não seja uma fraca..." seu tom presunçoso é o que faltava para eu bater com meu punho em sua cara.

Tristan parece ter sido pego de surpresa, eu vejo isso na sua expressão chocada.

Eu não sabia que um soco poderia doer tanto, mas não irei me humilhar em sua frente para checar meus dedos feridos. Dessa vez quem está em choque sou eu, quando Tristan puxa minha mão dolorida com um cuidado inesperado.

" Você tem um dedo quebrado agora, borboleta..." Seus olhos brilham para o hematoma que começa a aparecer.

É extremamente desconfortável como ele parece... fascinado.

" Me solta" não sai mais do que um grunhido, não sei se de dor ou de raiva. Talvez ambos.

" Pare, você vai se machucar..."

" Ah pronto! Desde quando você se importa com isso, Senhor Davis?" eu faço questão de associá-lo a seu pai.

" Você se surpreenderia" o tom sério em sua voz não parece nada com o arrogante que me prende nessa cela suja.

" Nada vindo de você me surpreende mais, aprendi a esperar pelo pior... " Olho pela cela gelada e impessoal " minha situação atual é tudo o que preciso para finalmente entender que nunca teremos uma relação de companheiros"

Em movimentos rápidos e astutos, ele me prende contra a parede ao lado da porta, seu corpo quente e firme pressionado contra o meu faz o calor familiar crescer entre minhas pernas.

Filho da puta.

" Isso não é você quem decide, não se esqueça que não controlamos o vínculo" seu sorriso sádico quebra a magia que o vínculo estava me causando, aproveito a proximidade de seu rosto e jogo minha cabeça contra seu nariz, mas dessa vez ele é mais rápido " Whoa! Parece que finalmente a princesa está mostrando sua verdadeira face, e não sendo mais a menininha que gosta de fugir"

" Você sabe muito bem que eu não fugi!" Meus olhos brilham de raiva, mas não parece abalar o desgraçado em nada.

" No começo não, mas quando você conseguiu sair, não foi nos procurar..."

" E no que isso importa afinal?" eu grito em seu rosto " Você sabia exatamente onde eu estava e o que ele fazia comigo!"

Não irei chorar. Não dessa vez, nem nunca mais.

" Foi tão ruim assim aprender sobre a resistência e seus ideais? Ele queria deixar você forte..."

" É isso o que ele disse? Ou você realmente acredita nisso para conseguir dormir a noite sem peso na consciência?" o veneno escorre entre nós " Ele queria achar um jeito de se vincular a mim, usando meus poderes. Não tem nada a ver com a resistência, e sim com poder"

A confusão em seu rosto me faz questionar até onde Tristan sabe sobre as coisas que seu pai faz. Ele é um sádico? Sim... quem nasce aos seus, não degenera. Mas eu lembro muito bem o que ele disse naquele corredor espelhado, antes de dizer adeus.

"Foi assim que me senti por anos, achando que você poderia estar morta.

Por que ele diria isso? Para tentar me iludir? Por que ele tentaria me iludir se estava transando com outras garotas? Uma coisa quebraria a outra.

A porta se abre ao nosso lado em um estrondo ensurdecedor, interrompendo meus pensamentos. Um zumbido me deixa zonza, mas não o suficiente para saber quem invadiu o local.

O homem ensanguentado, sujo, com os cabelos bagunçados e suado encara Tristan e eu com um olhar vingador.

Meus olhos descem do seu rosto para o que ele carrega em suas mãos. Isso parece... não pode ser.

" Ele já foi..." Ace joga algo em nossos pés e eu solto um grito horrorizado " Agora falta você!"

As sombras de Ace invadem com fisionomia mortal, como demônios famintos em busca de sangue. Eu sinto medo dos fantasmas, mas não por mim e sim por Tristan.

O aperto do maníaco afrouxa quando ele olha para a cabeça de seu pai caída no chão sujo.

A cabeça. Decepada. Do Conselheiro Davis. Que porra!

Minha boca abre e fecha, eu tento falar, mas não formulo nenhuma palavra.

" Meg, feche os olhos, querida" Ace abre um sorriso amendrontador " Não quero que você veja isso."

" Ver o-oque?" eu gaguejo nervosa.

" Não quero que você veja quando eu arrancar a cabeça desse merdinha com as minhas próprias mãos..."

RED: uma história de harém reversoМесто, где живут истории. Откройте их для себя