Dia de folga

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Oi oiiii

Prontos para mais um capítulo?? Espero que sim!

Espero que gostem, boa leitura!!!

🫀

  Tudo bem, vamos ao óbvio: Tobirama está tão caidinho por Izuna quanto ela está por ele.

Eles eram tão sutis e previsíveis que chegava a dar pena.

Não que se alguém fosse todo carinhoso comigo, cuidasse de mim, me protegesse ou fizesse de tudo para me ver sorrindo e calmo, não fosse mexer comigo também. Mas, francamente! Eles nem ao menos ficaram um tempo relativamente grande perto um do outro para já estarem se sentindo assim, dessa forma tão entregue.

Eu nunca tinha visto um deus agir como Tobirama agiu ali, abraçado a Izuna imóvel e fria. Ele quase pareceu... Humano. Os humanos eram muito diferentes de nós, eles se permitiam amar incondicionalmente. Eles eram felizes com coisas pequenas. Eles erravam, admitiam que erravam e tentavam compensar seus erros. Eles tentavam ser melhores a cada dia que acordavam. E Tobirama, pedindo por favor, prometendo pelo Rio Estige, demonstrando preocupação, tristeza e medo... Tudo porque Izuna estava tão longe de seu alcance...

Ele não se preocupou com os demais deuses o encarando. Ele não estava nem aí naquele momento para a sua imagem de rei frio e impiedoso dos mortos e do Inferno. Acredito, de verdade, que se ela não tivesse acordado mesmo após ele tentar ceder mais de sua imortalidade, Tobirama poderia ter chorado. E ele não chora. Ele não pode. Porque quando a morte se permite sofrer, dói. Cada lágrima que ele deixa escorrer, todo o seu corpo queima por dentro. E não é uma queimação boa, é aquela queimação de estar se afogando no fogo do rio de lava que passa por todo o Tártaro.

Mas, por alguma razão, eu realmente acho que ele choraria se ela não acordasse mais.

É surpreendente como Izuna conquistou ele. Não só ele, mas todos os deuses. Todos se afeiçoaram a ela. Todos queriam ver ela bem. Hécate nem ao menos tinha a visto ainda e parou tudo o que tinha para fazer por um mês inteiro porque simplesmente olhou para ela daquela forma e quis ajudar. Deimos pela primeira vez sentia remorso do que fez. Parecem coisas pequenas e supérfluas, mas para mim, que lê a vida e todas as atrocidades que esses seres já fizeram por séculos... Eu percebo o quão diferente eles são na presença dela. Como se eles quisessem ser melhores... Como se Izuna trouxesse o melhor de cada um para fora.

Zeus era uma exceção. Acredito que ninguém tenha o poder de realmente torná-lo bom. É uma coisa que cresceu dentro de dele conforme ele ia ganhando poder e status. Ele não se importa com ninguém, ele não respeita ninguém. É casado com Hera, a deusa do casamento e da fidelidade, mas vive tendo amantes por todos os cantos do mundo, tendo herdeiros bastardos que a rainha do Olimpo é obrigada a engolir porque não pode ir contra ele. Afinal, Zeus era o todo soberano, certo? Ele não tinha salvação.

Minos? Bom, tem um motivo para o juiz não ir com a cara de Izuna. Não é nem por conta dela em si. Ela não fez nada para ele – e acho que isso só aumenta a raiva que ele tem dela. Acontece que eu já li um pouco do livro dele, então sei do que estou falando.

Antes de Tobirama o transformar em um imortal que julgaria os pecados dos outros, Minos era um semideus. Era um rei de uma ilha, fora ele que deu início a toda uma civilização. Quando morreu, o deus dos mortos viu potencial nele, o escolhendo como terceiro membro votante dos julgamentos. E Minos se apaixonou por Tobirama.

Algo no jeito impiedoso de Tobirama, em como ele era todo poderoso e como todos pareciam tremer só de vê-lo... Atraiu um lado escuro e perturbador de Minos. O juiz era atraído por poder e Tobirama era uma das presenças mais poderosas que poderia ter por perto. Era algo óbvio, ele se viu tentado pelo homem que nunca nem percebeu que era adorado daquela forma.

Akai Ito - TobiizuKde žijí příběhy. Začni objevovat