chapter twenty two

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bárbara petrov
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Eu me sentia sufocada com o tanto de informação nova que meu cérebro era obrigado a processar

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Eu me sentia sufocada com o tanto de informação nova que meu cérebro era obrigado a processar. Victor e eu estávamos brigados. Angeline estava grávida. Aquele casamento parecia estar com os dias contados, ruindo de fora para dentro.

Qualquer pessoa que visse as coisas por outro ângulo e que não soubesse dos verdadeiros acontecimentos, acharia tudo perfeito. Faltava pouquíssimo tempo para o dia 22 de Dezembro: pouco mais de duas semanas. Eu sentia como se aquelas fossem ser as semanas mais longas da minha vida. Ficar sobrecarregada de trabalho era algo que eu já estava acostumada e tinha me preparado mentalmente para aquilo, especialmente nesse casamento. Mas nunca imaginei que fosse ficar sobrecarregada de informação.

Eu não sabia o que me fazia continuar correndo atrás dos convites, das visitas ao confeiteiro, das reuniões com o buffet, da procura pelos carros para os noivos e dos chefes da equipe de decoração. Meu trabalho tinha aumentado em um ritmo frenético e eu quase nunca tinha paz. Mesmo assim, mesmo com tanta coisa pra pensar, tudo o que eu sabia me aterrorizava.

Uma parte de mim sabia que deveria contar a Victor que Angeline estava grávida. Outra parte de mim não me deixava agir, por culpa da promessa que fiz. O certo e o errado combatiam na minha cabeça. Angeline estar grávida não era o maior problema de todos. Ela havia traído Victor, sim. Mas ele também havia traído ela. E o pior:comigo.

Tive que pedir a ajuda de Arthur pra conseguir lidar com todo o trabalho extra e ele percebeu como eu estava inquieta e ansiosa. Quando nossos olhares se cruzavam, ele sempre me encarava. Devia perceber que eu estava escondendo alguma coisa, algo que pudesse acabar com tudo o que nós estávamos planejando. Por esse motivo, ele se ofereceu para ajudar.

— Bárbara? — ele me chamou, tocando meu ombro.

Era uma noite de quarta— feira. Nós estávamos no Grand Foyer, lugar da festa. Já era tarde, mas a reunião com o pessoal da decoração e da floricultura havia acabado de acontecer. Nós deixamos tudo acertado e eu pedi novamente, com o pouco de voz firme que me sobrava, que não houvesse falhas. Todos estavam sendo muito bem pagos para realizar um trabalho perfeito. E eu não esperava nada menos do que a perfeição.

Acho que minha motivação em tornar aquela cerimônia perfeita era em razão dos noivos e de como seus defeitos e suas falhas haviam envenenado aquela relação. Eu não entendia porque Angeline insistia em se casar com Victor, se ela estava grávida de outro. Talvez até apaixonada por esse outro homem. Mas é claro que eu não havia parado para pensar que havia outras razões além dos sentimentos que eles sentiam um pelo outro. Angeline não ia se casar por amor.

— Oi, Arthur — eu olhei para ele, com um sorriso fraco nos lábios.

— Você está bem? — ele perguntou, pegando minha mão.

— Sim, estou ótima — eu me afastei, mantendo uma distância segura, e cruzei os braços.

Arthur torceu o nariz e negou com a cabeça.

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