chapter ten

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bárbara petrov
point of view

O mesmo carro de sempre - grande e escuro - nos esperava na frente do Four Seasons

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O mesmo carro de sempre - grande e escuro - nos esperava na frente do Four Seasons. Pela primeira vez em muito tempo, vi alguns paparazzi nos cercando. Victor me puxou pelo braço calmamente, só para ter certeza que eu estava logo atrás dele e nós caminhamos com relativa lentidão até a porta de trás do carro.

— Isso foi uma surpresa — comentei, assim que já estávamos lá dentro.

— Eles estavam escondidos antes, mas estão ficando mais ousados agora — Justin deu de ombros — Espero que não se importe.

— Sem problemas. Não é como se eu tivesse opção. — comentei, com um sorriso de canto.

Augusto soltou uma risada fraca e assentiu com a cabeça. Quando olhei em seus olhos, foi como se ele tivesse dito as palavras "não é como se eu tivesse opção também" e eu me senti mal por sua vida ser recheada por aquelas coisas. As câmeras, os flashes, os fãs, toda aquela atenção. Parei para perceber que, em todo aquele tempo tentando descobrir Victor, eu havia deixado de lado o fato que mais mudava sua vida: a fama. As olheiras debaixo dos seus olhos e o olhar cansado depois de passar por um grupo de paparazzi mostravam claramente o quanto aquilo tudo era estressante. E eu senti pena. Muita pena dele.

— Mas enfim, aonde vamos? — coloquei a mão em seu braço para chamar sua atenção.

— Já te disse que é surpresa! — Victor respondeu, franzindo as sobrancelhas e abrindo o sorriso.

— Mas ah, eu quero saber! Uma dica, só uma. Por favor — pedi, fazendo beicinho.

Victor deu risada e desviou o olhar. Quando voltou a olhar pra mim, estava revirando os olhos.

— Nós vamos ao Central Park.

— Ao Central Park? — repeti, surpresa.

Morando em Nova York, ir ao Central Park era uma coisa que eu fazia praticamente toda semana. Mas, do mesmo jeito que eu tive uma nova experiência quando fui ao observatório do Empire State com Augusto, dessa vez não seria diferente. Mesmo estando acostumada ao Central Park, algo faria com que essa nossa visita fosse especial, diferente das outras.

— Não faça essa cara — Victor me repreendeu e colocou a mão no meu queixo.

— Não estou fazendo cara nenhuma — respondi, sorrindo e jogando a cabeça pra trás para que Victor não me tocasse.

Ele deu risada e me encarou nos olhos.

— Está, sim. Está fazendo aquela cara de "ah, não".

— Essa não é minha cara de "ah, não"! — eu disse, em minha própria defesa — Essa é a minha cara de "ah, outra vez?".

Victor começou a dar risada e me levou junto.

— Sim, outra vez pra você. Nós vamos almoçar na casa de barcos hoje.

Amor, Sexo e Casamento Where stories live. Discover now