chapter twelve

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bárbara petrov
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Nós continuamos deitados na cama por um tempo interminável

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Nós continuamos deitados na cama por um tempo interminável. Eu comecei a me sentir um pouco desconfortável com a nudez, então acabamos nos cobrindo com o lençol, mas continuamos na cama. Nossas mãos também continuavam entrelaças. Eu me sentia completamente cansada, mas satisfeita ao mesmo tempo. Enquanto eu olhava Augusto dormir com a cabeça no meu ombro, pensava no que estava fazendo.

Eu não queria ir embora daquele lugar. Não queria parar de sentir o corpo dele contra o meu. Não queria passar de sentir seu calor nem seu cheiro. Não queria sair do seu lado por nada. Da mesma maneira que aquilo me fazia sentircorreta, eu sabia que era algo extremamenteerrado.

Talvez eu e Victor estivéssemos indo longe demais. Talvez nós tivéssemos que parar com esse acordo. Desde o primeiro dia eu sabia muito bem que não ia dar certo porque essas coisas nunca funcionam. E agora eu não tinha coragem de me afastar.

Enquanto ele dormia encostado no meu ombro, parecia um anjinho. Eu estava tão cansada fisicamente, mas minha cabeça não me deixava relaxar. Eu tinha que ficar com os olhos bem abertos, não somente naquela situação. Eu tinha que ficar de olhos abertos pelo resto daqueles dois meses até Victor se casar.

A única coisa que eu não queria que acontecesse era que  Angeline descobrisse sobre nosso acordo. Eu não sabia o que ela podia fazer e, sinceramente, não queria nem imaginar. Ela não parecia ser o tipo de mulher que conseguia lidar com o fato de que o noivo a traía e não fazer nada. Ela ia acabar com o casamento e com a minha carreira.

Talvez fosse melhor se eu não tivesse entrado naquele acordo, pra começo de conversa. Eu estava botando meu emprego e minha carreira a perder. Victor ia poder reconquistar Angeline ia levar anos até que eu me estabelecesse de novo. Talvez eu nunca mais conseguisse me estabelecer, porque as noivas teriam medo de que eu desse em cima de seus noivos. Por que eu nunca pensei melhor antes de aceitar aquilo? Por que eu não fui embora naquele primeiro dia? Por que eu deixei Augusto se aproximar tanto assim?

— Oi — Victor disse, levantando a cabeça.

Levei um susto com seu súbito movimento, mas dei risada. Ele me encarou com os olhos um pouquinho inchados de sono e eu o encarei de volta, sorrindo. Eu me arrastei mais para baixo na cama e deitei em seu peito, me sentindo extremamente confortável.

— Boa tarde, raio de sol — eu lhe disse, me apertando em seus braços.

— Dormi tanto assim? — ele me encarou de cima.

Neguei com a cabeça e beijei a tatuagem em números romanos perto de sua clavícula direita.

— Não muito — respondi.

— O que você ficou fazendo enquanto isso? — seu olhar parecia divertido e carinhoso.

Eu abri um sorriso fraco, porque não queria lhe contar toda a verdade. Não queria dizer que comecei a ter segundas opiniões sobre nosso acordo, não queria dizer que estava quase desistindo de tudo. Apenas fechei os olhos e balancei a cabeça.

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