Capítulo XXXIV • Unidos

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Eles estavam chegando.
Disso eu tinha certeza.

Logo que a poeira se dissipou e eu pude cessar minhas crises de tosse, observei meus arredores. Não queria estar em busca de ninguém em específico, mas não podia negar meu interesse em vê-lo.

Katsuki não perderia essa chance de me resgatar e de dar o devido corretivo nesses vilões de merda. Conheço ele, e sei que não pensaria duas vezes antes de vir para cá.

Mais a frente, ainda em meio a alguns resquícios de fumaça, notei uma silhueta surgir dela. Não queria que soasse muito trouxa, mas sabia que era ele e quis gritar, gritar para ele saber que havia invadido o local certo e na hora certa. No entanto, aquela maldita mão rente a minha boca impediu-me no ato.

Shigaraki: levem-na daqui direto para a pista de vôo. Ouviram? ― determina aos seus subordinados, com firmeza.

Todos os meus esforços para não ser levada dali foram em vão. A força que aqueles desgraçados depositavam sobre mim apenas para me arrastar dali, era impressionantemente grandiosa e de difícil livramento. Não pude me livrar deles e quando me dei conta já estava longe.

Meus braços e pernas foram amarrados durante o trajeto e minha boca amordaçada. Apesar disso, eu afirmo que lutei, mas, como já disse, foi em vão. Simplesmente lançaram-me dentro de um carro, logo no banco traseiro. E instantes depois, além dos sons de tiros e estrondos longínquos, escutei o roncar do carro. Estávamos indo para ainda mais longe dali. Ainda mais longe dele.

Tentei me soltar, mas as amarras estavam tão bem presas que não conseguiria sem algum tipo de auxílio.

??: Merda! Nos acharam! ― reclama, segurando o volante com ainda mais força.

Elevei o meu olhar até o retrovisor interno do carro e pude ver com clareza as sirenes escandalosas e brilhantes das viaturas. Eles realmente estão atrás de mim.

??: Acelera. Eles não podem pegar a garota. Foram ordens do chefe, p*rra. ― alerta, visivelmente nervoso.

A velocidade do carro aumentou consideravelmente após essa fala do comparsa, assim como a minha angústia. Tive que me apoiar com os pés para não acabar caindo no vão entre os bancos. As sirenes da polícia pareciam mais próximas em certo instante, mas com o roncar profundo do motor elas logo se distanciavam.

Mesmo as curvas sinuosas e o movimento sempre grande dessa cidade serviram para impedir aqueles subordinados da Liga dos Vilões de cessarem a corrida veloz e indevida. A cada momento, percebia da janela os prédios se tornarem apenas borrões perante a velocidade que aquele automóvel havia alcançado.

Se as coisas continuarem assim, nesse desespero, nessa velocidade, nessa raiva... Não vão terminar bem. Não mesmo.

??: ARGH! MERDA! ― esbraveja, instantes antes de um estrondo atingir-me os tímpanos.

Fechei os olhos no mesmo segundo do choque. Pude sentir-me ser tomada por diversos estilhaços de vidros vindos das janelas, mas não me movi. Não gritei abaixo daquela mordaça. Não tentei me soltar das amarras. Não fiz nada.

Até porque, perdi a consciência. A escuridão consumiu a minha visão e o branco em minha mente foi inevitável.

Seja lá o que tenha ocorrido, que seja bom para mim. Apenas isso que peço.

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⚠️ ATENÇÃO! ⚠️

Alerta de Hot (🌶️🔥) leve!
~ Portanto, se você não se sente confortável lendo esse tipo de conteúdo, sugiro que pule essa parte do capítulo ~

De Repente, Você. (O Encontro)Where stories live. Discover now