Destinados

CAPÍTULO 15

P7

já tinha se passado uns dias, hoje era quinta feira e amanhã ia ser meu aniversário junto do M3, nascemos no mermo dia, mas não no mermo ano, ele faz 21 e eu 22, tenho preferência em tudo né.

M3: Patrick, você acredita que eu acabei de ver dona Ana sair de dentro do bar de Paulo?? -falou entrando no meu quarto e eu olhei pra ele- sozinha por sinal, tinha ninguém dentro do Bar

me levantei quando ouvi a porta abrir e fui pra sala junto com o M3, ela olhou pra gente sem entender e eu cruzei meus braços, vendo que o M3 já tava.

P7: que bagulho é esse que tu tá saindo do canto com os cara sozinha? -falei vendo ela revirar os olhos- revira não, da as informação direito pra gente

Ana: parem de se meter na minha vida, vocês são muito invasores -falou indo pra cozinha e a gente foi atrás dela- que caralho vocês querem em, saiam de perto de mim, depois que cresceram viraram carrapato

M3: a gente quer saber o que você tava fazendo lá -falou olhando pra ela- nao e pra senhora ficar saindo assim e ainda vista sozinha com um maluco

Ana: eu estou namorando Matheus -falou e eu levantei a sobrancelha , Matheus olhou pra minha cara e eu neguei- calem a boca, não tenho nada devendo a vocês, e só isso, estou com o Paulo e aceitem ou nao , caso contrário saiam da minha casa

fiquei calado olhando pra cara dela e vi o Matheus sair de dentro de casa, fiquei sem o que falar, beleza que o cara é gente boa, mas assim do nada? logo com o coroa do bar?

P7: isso é porque ele ganha bem ne ? -falei apontando pra ela e ela pegou a panela jogando na minha direção mas eu desviei- vou dar um papo maneiro nele, só quero que a senhora venha com papo de tá grávida aqui, vou ficar maluco sabendo que ele encostou na senhora

Ana: então fique -gritou e eu arregalei os olhos vendo ela ter a cara serena- agora vai fazer alguma coisa na rua, me deixa sozinha

ela virou pro armário e eu fiquei um pouco ali, mas depois me saí pra rua, subi em cima da moto e fui resolver meu bagulho sobre angra.

[...]

L2: a gente conseguiu as bebida -falou olhando o caderno- lugar e a lancha , que você quis porque quis gastar nisso, que foi a mais cara

P7: a gente tem dinheiro pra torrar mermo -falei colocando o cigarro na boca e dando o trago-

ouvi meu rádio falar e peguei ele vendo o Jacaré queria me ver, me deu uma raiva tão grande por esse maluco querer papo uma hora dessas.

joguei meu cigarro fora e pisei nele, subindo na minha moto, subi o morro e fui direto pra boca, no maior pique pra poder descer mais rápido.

entrei e vi que tinha um carro na entrada, já se imaginava quem tava aqui, o maior famoso do tráfico.

abri a porta dando de cara com ele e o Jacaré, eles estavam rindo e me olharam.

Jacaré:  olha aí, minha máquina de dinheiro -falou levantando e vindo até mim- P7, conheça o Alberto, nosso maior investidor do tráfico, como você é o meu vapor de confiança, queria te apresentar ele pessoalmente

P7: eai -falei vendo ele sorrir e tocar minha mão- o que te trouxe na nossa favela

Alberto: conhecer o maior investidor do meu aliado -falou e eu assenti- queria te proporcionar uma coisa boa, coisa que vai te fazer ficar rico, e fiquei sabendo que amanhã você completa ano, quem sabe vai ser teu presente antecipado?

ele riu e eu assenti apenas, ele fechou aos poucos em ver que eu não tinha nenhuma intenção de ter a presença dele ali, maluco sempre foi mal falado, desde o dia em que ele matou a mulher dele e todo mundo ficou sabendo disso, não tinha medo dele, mas também não confiava.

Alberto: ótimo, preciso que você encontre uma pessoa pra mim -falou e eu fiquei olhando pra ele - eu me esqueci o nome da garota, mas eu tenho anotado aqui, deixa eu procurar.

ele pegou o celular e começou a mexer, fiquei olhando aquilo com menor interesse possível, mas infelizmente ele achou.

Alberto: Yara Vitória Lima -falou e eu não achei estranho, mas podia ter milhões de Yara por ai- ela é minha filha, preciso muito encontrar ela, ela sumiu depois do que a vagabunda da mãe dela fez comigo, mae dela fez de tudo pra menina não ficar comigo, inventou até que eu nao era pai dela, acredita?

apenas assenti e ele terminou de falar as coisas lá, disse que iria me dar uma quantia ótima e realmente era boa, 1 milhão.

não seria possível o maluco ser jorrado em dinheiro, maluco nem afundado no tráfico é, e por que ele iria querer saber de outra filha, depois de tanto tempo, até família construiu.