CAPÍTULO 06

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Yara

vi a Gabi entrar no bar e olhei pra cara dela que tinha uma parte meio roxa e ela ainda tentou amenizar com base.

Yara: sua vó viu? -falei e ela negou- pois é, ela tá muito ocupada saindo com o velho da rua da frente né

Gabi: por que você não fecha sua boca em -falou e eu dei de ombros- tenho uma festinha legal pra gente ir, vai ser em um lugar fechado e acho que não vai muita gente

Yara: obviamente eu não vou, mas ok -falei voltando a mexer no celular e ela ficou olhando pra minha cara-  você sabe que eu tenho prova da facul, preciso muito estudar pra isso, falta menos de um mês

Gabi: uma festinha nao te mata Yarinha -murmurou e eu revirei os olhos- cadê tio Paulo, preciso perguntar uma coisa a ele

Yara: ele nunca me fala pra onde ele vai, esqueceu? -falei vendo ela sentar e o L2 entrar no bar.

L2: e essa festinha na sul em -falou colocando os braços no ombro da gabriela.

Gabi: eu chamei ela, mas ela disse que não iria -falou e eu olhei pra cara do L2.

L2: você com toda certeza vai, vai ser a maior festa fia -falou sentando do lado da gabi- se liga, Sabrina é a mina riquinha do P7, aí ela vai fazer uma festinha na sexta de noite, que vai madrugar até o outro dia e chamou os cara envolvido, que claramente vão levar alguma vadia com eles

Gabi: você me chamou por que eu sou vadia? -falou indignada e ele olhou pra ela

L2: por acaso matheus te chamou? -falou e ela ficou calada- então aceite o fato de você ir comigo, você também vai, e vai comprar uma roupinha, porque seus vestidos são horríveis Yara

Yara: qual é seu problema garoto, só pelo fato de eu não sair, preciso ser obrigada a ter vestidos bonitos? -falei vendo eme assentir na hora-

Gabi: não tem problema amiga, você vai lá pra casa e eu te dou um vestidinho meu -falou e eu revirei os olhos.

mandei eles irem embora que já tava quase na hora do almoço e eu tinha que esperar meu pai chegar, pra ele ficar aqui e eu subir pra arrumar minhas coisas pra ir pra faculdade.

eu sempre pegava de 12 horas, ficava até 19, ou quando tinha algum trabalho, eu ficava bem mais tempo, tinha dia que eu pedia pro L2 ir me buscar, por conta da distância e claramente por ser perigoso.

fiquei cantarolando uma música qualquer na cozinha, até ouvir a cadeira caindo, botei a cara na porta na hora e vi o P7, ele tava levantando a cadeira e depois olhou pra mim.

P7: tá aberto né? -falou e eu neguei- engraçado, seu pai disse que tava

Yara: por que perguntou então? -falei vendo ele dar de ombros- fala logo

P7: ele disse que tu podia vazar e fechar, ele disse que iria demorar -falou e eu fiquei olhando pra ele, confiava nada nesse macho- tô te falando, ainda disse que era pra eu te levar

Yara: não preciso -falei fechando a porta da cozinha e saindo de trás do balcão-

ele olhou pra baixo e eu percebi que tava com um short solto, cruzei os braços e vi ele olhar pra mim novamente, ele ficou me olhando por um tempo e virou de costas.

P7: quando tiver pronta, me dá um toque com os cara da entrada -falou indo pra porta do bar e puxou o rollup e desceu com facilidade.

fiquei vendo ele fechar , quando foi fechar o último , ele me olhou e piscou pra mim, acabei deixando escapar um sorriso mas felizmente ele não viu.

subi pra casa e fui direto pro banheiro, era umas 11:30 e eu querendo ou não, tinha que aceitar a carona, já que o ônibus ia demorar.

sempre que eu vou, pego de 11 horas, chego lá umas 11:40, as vezes até 12 horas, dependendo do trânsito.

[...]

tava descendo o morro, sentindo a merda de um calor imenso, enquanto eu tava de calça cargô e uma blusinha rosa.

peguei a menor possível, mas que cobria o que devia cobrir, cheguei na entrada e vi que era 12:02, vi os vapores dali, lembrei do outro e cheguei com receio perto dos caras dali.

- manda a boa Yara -falou e eu até pensei em questionar de como ele sabia meu nome, mas eu fiquei calada.

Yara: poderia chamar o P7? -falei vendo ele parar de tentar acender o cigarro e me olhar

- tá falando sério -falou e eu murmurei um "óbvio", ele ficou me olhando e eu revirei os olhos.

Yara: pega essa merda desse rádio, e chama ele logo que eu tô atrasada -gritei vendo os outros olhar e ele se levantar.

- não vem aumentar voz comigo não garota -falou segurando a arma-

Yara: cuide em fazer as coisas direito então, estou te pedindo um favor -falei olhando pra sua cara- não pense que uma arma, me intimida

ele ficou me olhando por um tempão, todos os cara dali tava olhando pra gente e realmente, uma merda de arma não me intimida em nada.

ele demorou mas cedeu, pegou o rádio e chamou o P7, demorou uns 2 pra 4 minutos, mas ele desceu de moto e sem camisa, já que a mesma estava no ombro.

a tatuagem do braço dele tava exposta, não dava nem pra decifrar o que era.

P7: botando moral em bandido -falou parando do meu lado- tá podendo mermo

Yara: você pode calar a boca o caminho inteiro jae ? -falei vendo ele sorrir de lado e eu subi na moto.

o cheiro que ele exalava, dava pra sentir de longe se brincar, de perto ficava melhor ainda, vi ele pegar dois capacete com o cara e ele me deu um.

coloquei e esperei ele arrumar o dele, quando arrumou vi ele dar partida e ir praticamente voando, entre os carros da avenida.

Destinados Where stories live. Discover now