CAPÍTULO 07

175 13 0
                                    

P7

eu tinha deixado a menina na frente da faculdade dela, ela nem agradeceu pela carona, mal educada.

tinha voltado pro morro depois de dar umas leves fulga, ninguém nunca pegou a placa e não vai ser agora que vai pegar.

L2: fiquei sabendo que alguém andou na tua garupa e não foi eu -falou batendo no meu ombro e eu ri- fala quem foi

M3: fiquei sabendo que foi a Yara -falou e eu olhei pra ele, nem o nome da garota eu sabia, fiquei sabendo agora- filha do seu Paulo

L2: minha maninha? -falou arregalando os olhos- aí não pode P7, qual foi caralho, se liga em

P7: não sabia nem o nome da mina, se liga ai caralho -falei vendo eles se olharem e depois me olhar- o pai dela que pediu pra eu ir lá

M3: como assim não lembra dela? -falou e eu olhei pra ele sem entender.

não entendi a pergunta, por acaso deveria?

P7: e eu deveria? -falei com ar de riso e eles assentiram- pelo que?

L2: meu parceiro, voce beijou ela -falou e eu olhei pra ele - não foi um beijo bem beijo, foi um selinho, foi quando a gente tinha o que, uns 15 ou 16 anos, todo mundo lembra menos você

fiquei olhando pra cara deles achando que era zoeira, mas pelo visto não era, por um momento eu lembrei e acabei rindo.

P7: aquela que saiu correndo depois? -falei rindo vendo eles assentirem e acabar rindo também- caralho, que doidisse, não lembrava mais disso

M3: a gente percebeu -falou e eu passei a mão no rosto- como que era o apelido dela mermo, que a gente dava?

P7: coelhinha? -falei rindo e ele riu negando- era sim cara, por causa do dente dela, a gente até chamou ela disso um dia e ela nem entendia

L2: real, que o apelido até ficou depois que ela foi de Coelho pra festa da Bianca

M3: caralho, foi mermo -falou rindo- que tempo massa, ruim foi quando ela descobriu do por que

L2: a gente apanhou por uma semana praticamente, da Gabriela -falou rindo e negando- sempre foi maluca

a gente ficou relembrando esses tempo aí, ficamos rindo a tarde inteira.

M3: naquela última festa do P7, deu o que falar -falou sentando se ajeitando na moto e eu concordei- caralho, que tempo massa

L2: acho que as mina mudou até demais, dos tempo pra cá -falou e eu olhei pro M3, que parecia querer fazer a merma pergunta que eu.

P7: mas fala aí, qual das duas que você pegou -falei vendo ele fechar a cara na merma hora- pelo visto as duas

L2: tá achando mermo que Yara da moral pra qualquer um? -falou rindo e eu dei de ombros- Gabi eu considero irmã, Yara tá no mermo pique, mas mermo se ela desse moral, não ficava mermo

a gente ficou calado e ele puxou um cigarro de maconha, fazendo meu sorriso abrir na hora.

L2: já nosso amigo P7, ficaria até demais com minha irmã né -falou e eu fechei o sorriso- colocou até na garupa da moto, e ele nunca tinha colocado nenhuma além da mãe dele

M3: tá querendo dizer que o banco tem dona ? -falou e o L2 assentiu, os dois ficaram rindo até a Gabi aparecer assustando geral-

L2: que assombração -falou e a gente acabou rindo-

Gabi: tão falando de quem em - falou e geral ficou se olhando enquanto ficava calado- nao vão falar?

L2: se liga, apareceu um corre pra mim -falou dando o cigarro pra mim e eu sorri, colocando ele no bolso- tamo junto ai

ele saiu arrastando com a moto e eu olhei pro M3, que olhava pra ela enquanto ela via o L2 sumir da vista.

quem não visse que esse moleque gostava dela, era besta demais.

Gabi: a gente precisa conversar né -falou olhando pro M3, que continuava olhando pra ela com a cara fechada- vai embora P7

P7: caralho, é assim que você quer ser minha cunhada? -falei ligando a moto e vendo ela me olhar com cara feia- não é com essa cara que você conquista meu irmão

sai com a moto e desci o morro, tinha várias pessoas na rua e uma delas foi minha mãe descendo e parando no bar do Paulo, parei do lado dela vendo ela se assustar e olhar pra mim.

P7: tá fazendo o que aqui? -falei vendo ela me olhar e bater em mim- qual foi po

Ana: qual seu problema Patrick, chega direito em mim garoto -falou me batendo de novo e seu Paulo saiu pra fora-

P7: tô te perguntando uma coisa namoral po -falei olhando pro seu Paulo- deixei tua filha lá em, ela nem pediu obrigado

Paulo: ela vai largar tarde hoje, eu peço obrigado por ela -falou e eu ri.

Ana: ele pode ir buscar ela -falou e eu olhei pra ela na hora- não é?

P7: posso? -falei vendo ela me olhar com um olhar de quem iria me matar se eu pensasse em falar que não- posso po, que horas mermo?

Paulo: 22 horas, ela vai ficar pra aula prática, é umas duas ou três vezes na semana -falou e eu assenti- muito obrigado, suas coisas estão aqui comigo Dona Ana, comprei o que a senhora pediu

Ana: muito obrigada -falou entrando com ele no bar e eu cruzei os braços, ela deixou ele indo na frente e parou pra falar comigo- vá fazer o que iria fazer a noite agora, você vai buscar ela na hora certa e quando eu mandar ir é pra ir

P7: aí tu vai ficar aí dentro com o cara sozinha? -falei vendo ela andar e me ignorar- puta merda viu

liguei a moto e subi pra casa, a única coisa que eu ia fazer mais tarde era dormir, mas ela quis fazer o favor de me dar um emprego de motorista particular.

Destinados Where stories live. Discover now