The Triumph of These Tired Eyes- Harry Potter ( Tradução )✓

Capítulo 2

A família Dursley nunca se considerou um povo muito religioso, eles só iam à missa duas vezes por ano, uma na Páscoa e outra no Yule, e isso principalmente para manter a fachada de ser um tipo de pessoa respeitável. Não foi por falta de tentativa, é claro, nos primeiros anos de seu casamento, Petúnia forçou Vernon a vestir seu melhor terno para ir à missa todos os domingos, já que era isso que seus pais faziam todas as semanas antes de suas mortes. Mas então Dudley nasceu e deixou bem claro que não gostava de ser arrastado para a igreja todos os domingos da maneira mais vocal possível. E assim eles perderam o hábito até que a única vez em que entraram na igreja foi quando se tornou imperativo manter as aparências.

A falta de fé verdadeira da família Dursley, entretanto, nunca os impediu de tentar usar a religião como outra ferramenta para reprimir as tendências mais bizarras de seu sobrinho. Desde que Harry Potter se lembrava, eles lhe disseram que malucos como ele ardiam no inferno e que, se ele quisesse evitar a condenação eterna, ele poderia tentar ser mais parecido com eles (ou seja, normal ) .

Nunca funcionou de verdade, o jovem Harry não era uma criança particularmente temente a Deus, mas, além do mais, ele não sabia a causa por trás dos acontecimentos que levaram seus parentes a rotulá-lo de aberração, muito menos como controlá-los. Coisas estranhas aconteceram ao seu redor.

E ainda assim, apesar de sua total falta de crença em coisas como o céu, o inferno e um homem todo poderoso no céu, Harry acreditava em anjos, mais especificamente em anjos da guarda. E ele sabia com toda a certeza que uma criança de oito anos poderia ter, que tinha alguém cuidando dele.

Ele existia desde que a memória de Harry se lembrava, sempre lá, cuidando dele, confortando-o sempre que Duda estava sendo particularmente cruel ou Vernon o jogava na orelha por um desrespeito imaginário ou outro. Ele sempre usava um rosto diferente, falava com uma voz diferente, mas Harry nunca deixava de reconhecê-lo, algo nele era inconfundível. Havia uma aura de outro mundo nele, que poderia até ser chamada de mágica.

Harry nunca o questionou sobre isso, ele temia que no momento em que revelasse que sabia que os estranhos sempre dispostos a fornecer palavras gentis e conforto silencioso eram todos a mesma pessoa, eles desapareceriam e nunca mais voltariam. Então ele ficou quieto e continuou a jogar o jogo do seu anjo, e durante anos funcionou; eles se encontravam de alguma forma pelo menos uma vez por semana, algumas visitas eram planejadas e outras ocorriam meramente por acaso (ou pelo menos por acaso da parte de Harry). A cada encontro entre ele e seu anjo da guarda, ele achava cada vez mais fácil ignorar o ódio mordaz que seus parentes enviavam em sua direção em uma barragem quase interminável, até que ele se viu totalmente imune aos maus-tratos.

Mas então ele parou de vir.

Harry e seu anjo se separaram uma noite sem promessas de se verem novamente, mas ambos sabiam que o fariam de qualquer maneira, mas então uma semana se passou e o anjo de Harry não apareceu, depois outro, e outro até que dois meses se passaram. veio e se foi e Harry não tinha visto nada de seu anjo. O menino não pôde deixar de se preocupar, o tempo que ele ficou sem ver seu anjo foi de duas semanas, será que ele fez alguma coisa para afastá-lo? Ele tinha feito algo errado?

Sem o apoio silencioso do seu anjo da guarda, tornou-se cada vez mais difícil não murchar diante do desprezo da sua família. E eles pareciam perceber que algo havia mudado com ele à medida que a frequência e a ferocidade de cada altercação entre Harry e os Dursley aumentavam quase dez vezes.

"O que você é estúpido, garoto?" Petúnia retrucou uma noite, entrando na cozinha no momento em que Harry virava um pacote de carne picada em uma frigideira quente. "Esse fogo está muito alto. Você está tentando queimar a carne?"