Capítulo 16

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Ela seguiu para a casa ao lado, eu fiquei travado em frente a minha casa, estava perplexo. Saber que eu estava sendo vigiado pela vizinha, não era uma informação fácil de lidar. A pergunta que não queria calar era: como?
Eu tenho que dá um jeito nela, ela não pode abrir a boca. Minha lista de eliminação só cresce a cada dia, isso parece um câncer. Matei o Alex e disse que não voltaria a matar novamente, mas fui obrigado a matar outras três pessoas. Decidi organizar o passo a passo, fazer uma espécie de sequência.

Peguei um caderno pequeno de capa preta e listei os nomes em ordem cronológica. Quem estava no topo da lista era o mais provável de causar problemas se permanecesse neste plano presente.

É incrível como uma garota que conheço há algumas horas está no topo da lista

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É incrível como uma garota que conheço há algumas horas está no topo da lista. Só uma mulher pra conseguir essa façanha. Olhei a folha de papel e senti uma leve ansiedade, saber que a vida dessas pessoas estava em minhas mãos provocava em mim uma sensação prazerosa.

Terei de convidar a nova vizinha para uma visita. De repente, enquanto eu refletia sobre como convidá-la, um envelope passou por debaixo da porta da sala.

Fui até a porta e peguei-o. No remetente apenas dizia: para meu monitor. Como essa garota sendo tão pequena pulou o muro da minha casa?

"Hoje às 14h, levarei uma cesta com algumas comidinhas para fazermos um piquenique no seu gramado.
Att: Emmy."

Jamais fiquei tão feliz ao ler um bilhete. A garota preparou a própria morte e tudo que eu vou precisar fazer é um simples movimento com uma lâmina afiada. É perfeito.

Fui até o quarto e peguei a adaga que usei para matar Alex. Ela ainda estava afiada, mas resolvi amolar um pouco mais por precaução. Depois dessa feita, fui tomar um banho relaxante.

Preparei o banho na banheira que ficava no quarto do meu pai. Entrei e senti meu corpo relaxar, fechei os olhos e imaginei as cenas que aconteceriam daqui algumas horas. Imaginei adaga penetrando nas partes vitais do corpo de Emmy.

Abri os olhos assustado, a campainha estava tocando. Olhei a hora no celular e vi que eram 14h em ponto. Céus, eu tinha adormecido na banheira. Levantei apressado, fui no chuveiro e lavei o corpo rapidamente. Depois coloquei uma calça e uma camisa de malha na cor cinza de manga comprida, ajeitei o cabelo com os dedos, peguei a adaga e coloquei no bolso da calça e desci apressado pelas escadas.

- Olá, Emmy - Disse ao abrir a porta. -, entre.

Desta vez lembrou que casas tem campainha, pensei. Emmy estava vestindo um blusão preto, uma calça cargo verde militar e um all star cano alto preto.

- Obrigada. - Ela disse sorrindo.

- Vamos para cozinha.

- Devemos comer na grama.

- Temos que pegar algumas coisas primeiro.

- Tá bom. - Ela concordou empolgada.

Caminhamos até a cozinha, ela colocou a cesta em cima do balcão e sentou em uma das banquetas. Ela pegou o celular e começou a cantarolar uma música que eu não conhecia, enquanto isso eu abri o armário que ficava atrás dela, nesse momento eu fingi pegar algo de dentro dele. Eu puxei a adaga do bolso e quando ergui o braço para deferir um golpe em sua jugular ela parou de cantarolar.

Receptáculos: A primeira coleção Onde histórias criam vida. Descubra agora