Golden State. (Camren)

Capítulo 17: Só você.

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No último capítulo...

— Eu tenho a chave da casa... — Respondeu em um fio de voz, esticando o pescoço para me dar mais liberdade em morder e lamber a sua pele. — Ainda não tem dono, está em visitação.

— Camila... — Engoli a seco. A ideia de invadir uma casa não me soava atrativa, mesmo que seja propriedade da Cabello Company.

— Isso quer dizer que é toda nossa... — Foi o seu golpe final; a voz baixinha, manhosa, no pé do meu ouvido, enquanto seu quadril rebolava devagarinho contra o meu, sabendo exatamente como me atiçar.

— E o discurso do seu pai?

— Sabe de uma coisa, Lauren? Que se foda aquele clube. — Ela sentou sobre a minha barriga, sorrindo. — Vamos ou não?

Oh, Deus...

— Vamos. 

Neste exato momento, nossos amigos, colegas de Earwood e, principalmente, a família-toda-poderosa, estavam no Leilão Silencioso do Clube de Grand Water, enquanto Camila e eu estávamos invadindo uma propriedade da Cabello Company para tomar banho de piscina. E, ok, a minha presença lá passava longe de ser importante, porém, a dela era mais do que requisitada. Ela com certeza irá se arrepender de ter encharcado o seu vestido caro e ignorado o evento.

— Aqui. — Camila sacudiu um molho de chaves em frente ao meu rosto. Julguei serem as chaves daquela mansão enorme atrás da gente.

— Não quero nem saber como você conseguiu isso...

Ela virou de costas para mim, tentando descobrir qual das chaves abriria a porta dos fundos da casa, e eu a abracei por trás enquanto isso, envolvendo os braços em sua cintura ao mesmo tempo em que distribuía beijos pela extensão do seu ombro.

— Preciso te contar outra coisa... — Começou. Oh, Céus, lá vem... — Essa casa não está mais em visitação. Ela já foi comprada. — Conseguiu abrir a porta dupla de vidro. E, porra, como assim?! — Será entregue semana que vem à família da Charlotte Smith. Lembra-se dela? Aquela garotinha que fica se atirando 'pra cima de você?

— Lembro, Camila. — Revirei os olhos. — Espera aí, você roubou as chaves da casa nova da Charlotte?!

— Eu não sabia que havia sido vendida aos Smiths. Foi mera coincidência. — Deu de ombros, adentrando à residência. Ah, sim, deve ter sido sim. Quem não te conhece, que te compre, Cabello! — Queria ver a cara dela caso ela descobrisse que a gente esteve por aqui hoje... — Como quem não quer nada, agarrou a minha gravata, puxando-me para dentro da mansão. Fomos parar no centro de uma grande cozinha moderna. — Ou caso descobrisse as coisas ruins que estamos prestes a fazer aqui, uhm?

Cabello apoiou as mãos na bancada e, em um único impulso, sentou-se sobre o mármore. Entendi o recado e me posicionei entre as suas pernas, descansando as mãos sobre suas coxas desnudas pelo vestido que acabou subindo até o seu quadril.

— Coisas ruins? — Sussurrei as palavras, apertando firmemente a sua carne entre os dedos.

— Muito ruins, Jauregui. — Abriu um sorriso que transbordava suas piores intenções. — De preferência no quarto novo dela.

— Camila! — A repreendi, segurando a risada. — Às vezes, esqueço-me de que você é a Regina George de Earwood, sabia?

— Sou mesmo, mas só com quem merece.

— Eu devo ter sido a única pessoa que discutiu com você e sobreviveu para contar a história, não?

— Ah, sim, você sobreviveu... — Passou a desfazer o nó da minha gravata, devagarinho. — Mas não por muito tempo...