ᴅʀᴀᴍᴀ ᴇʀᴏ́ᴛɪᴄᴏ 🔥
Uma mulher quebrada e sem esperança, era assim que Dilara se intitulava depois de ter sofrido diversas coisas ao longo de sua trajetória de vida, com apenas 24 anos ela acredita que sua vida está destruída e que a única forma de so...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Um sábio chinês dizia " procure acender uma vela em vez de amaldiçoar a escuridão ", e parece estranho o que eu vou dizer mas na prática eu sempre soube o que essa citação significa, mesmo sem querer.
Não sou de me lamentar, na verdade nunca fui. Desde pequena aprendi a lidar com as minhas dores, nunca tive escolha para fazer o contrário.
Ter sido abandonada pelos meus pais foi difícil, lembro que passei um tempo na rua, antes de roubar um doce em uma lanchonete e ir parar na delegacia, logo depois fui parar no conselho tutelar e o mesmo me mandou para o orfanato.
Demorei para ser adotada, e quando fui vivi um verdadeiro pesadelo. Nem quero lembrar até porque foi esse pesadelo que fez com que eu parasse em um prostíbulo de luxo.
Sim, o destino, o universo ou quem for que controla esse mundo fez com que eu vivesse um inferno para estagnar em um lugar que me dá nojo.
Não me levem a mal, não tenho nada contra as pessoas que gostam dessa vida. Mas eu não gosto, e a verdade é que eu queria ter tido outro destino, um bem diferente pra variar.
⎯ Querida, você já está pronta? ⎯ Madame Karina pergunta e eu apenas me limito a acenar para afirmar que estou. ⎯ Você parece triste, o que foi?
A única coisa boa nisso tudo é que esses percalços me trouxeram madame Karina, uma brasileira que veio para a Turquia como imigrante e se casou apenas para continuar no país, seu marido morreu depois de dois anos casado com ela e lhe deixou uma pequena fortuna que a mesma aproveitou para construir o seu próprio império como ela mesmo diz.
⎯ Tô só um pouco nervosa, nada demais. ⎯ Tentando me sair bem dessa situação eu falo e não convencida do que eu falei madame puxa uma cadeira para pensar do meu lado.
Lógico que ela não ia apenas se limitar a escutar só isso.
⎯ Sei que você não queria estar aqui, mas é o seu trabalho e a sua única chance de sobrevivência. ⎯ Me contenho em não respondê-la, só me levanto e caminho em direção a porta.
⎯ Vamos, não podemos perder o grande leilão.
Depois de muito tempo madame Karina decidiu inovar e fazer um leilão com as mulheres do seu prostíbulo, para fazer com que as horas com elas sejam mais caras.
E adivinha quem vai inaugurar esse circo de horrores? Sim, eu mesma.
⎯ Você não deveria agir assim, se estressar antes de fazer sexo com o cliente não é...
⎯ Madame com todo respeito, a senhora não tem porquê se intrometer nisso. ⎯ A repreendo severamente. ⎯ Eu já estou com o vestido justo e decotado de sempre, falta só entrar naquele palco e inaugurar o show de horrores.
⎯ Dilara, meça as suas palavras! O carinho que eu sinto por você não lhe dá o direito de ser uma tremenda babaca comigo. ⎯ Percebendo que eu posso ter passado dos limites, baixo minha cabeça e respiro fundo.
