O cárcere dos esquecidos.

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          ᪶◗ Capítulo Cinco: O cárcere dos esquecidos.


O sol ainda não tinha completado seu nascer no horizonte quando ouvi a entrada de emergência abrir. Changbin, Felix e o irritante Hyunjin saíram por ela. Eu saí do carro sem esconder meu descontentamento com a presença intrusa do terceiro.

Coloquei as mãos na cintura e olhei de cima a baixo para Hyunjin. Changbin, percebendo meu claro descontentamento, se apressou em explicar a situação.

— Hyunjin vai nos ajudar.

— Ajudar? — Ri desacreditado. — Ele vai me entregar de comida para aos Enfermos.

— Me respeita, eu nunca faria algo tão terrível com os pobres Enfermos. — Revirou os olhos e cruzou os braços magros.

— Ei, ei. Sem brigas hoje, certo? Estamos aqui em uma missão de paz, e toda ajuda é bem-vinda. Eu falei para Hyunjin o que iríamos fazer, e ele topou participar. Só isso. — Changbin explicou-se, evitando os meus olhos confrontantes. Com isso, confrontei Hyunjin diretamente.

— Por que aceitou?

Hyunjin fez uma careta e demorou mais alguns segundos para me responder.

— Porque eu ainda estou vigiando você. Se fizer alguma coisa errada, eu sou o primeiro que vai dedurar. — Provocou, tendo a ousadia de dar um peteleco no meio da minha testa. Eu estava pronto para retribuir isso com um soco na sua cara, mas Felix gentilmente me afastou com as mãos nos meus ombros.

Aquele cara ainda ia receber um soco meu.

— Estamos em paz! Lembrem-se disso. Aliás, Jisung, você dirige hoje? — Changbin convidou, parado em frente ao carro.

— Não sei dirigir. Vai você.

Ele assentiu e entrou no carro pelo lado do motorista. Felix, animadamente, o seguiu, saltitante como uma criança prestes a embarcar em uma aventura emocionante. Hyunjin e eu trocamos olhares irritados um para o outro antes de entrar em seguida, criando uma tensão palpável no ar.

Houve uma pequena briga para decidir quem iria no banco da frente, com risadas nervosas e empurrões leves, mas com um empurrão muito bem calculado, Hyunjin caiu no chão e eu consegui o meu lugar por direito, sentindo-me vitorioso.

Ele sentou-se no banco de trás junto a Felix, bufando alto. Changbin começou a fazer o mesmo embolo que Minho havia feito com os fios do painel, e logo o motor ganhou vida, emitindo um ronronar reconfortante. Fomos até os portões de ferro, que rangiam ao serem abertos, e vi que Hannah já estava lá, com sua expressão sonolenta e profundas olheiras nos olhos. Ela provavelmente havia passado uma noite longa ali, estranhei aquela cena.

— Bem que poderíamos chutar o Hyunjin para fora do carro e levar a Hannah — brinquei, tentando aliviar a tensão no ambiente.

— Haha. Que piadista. Para a sua tristeza, Hannah não pode sair do abrigo — respondeu Hyunjin ao revirar novamente os olhos.

— Hm? Por que ela não pode sair? — perguntei, curioso.

— Chan não deixa ela sair. — Changbin respondeu sem mais detalhes e logo continuou — Ela e Felix são responsáveis pelas patrulhas da madrugada. Como ele precisou vir hoje, ela fez as patrulhas sozinha —  Ele acenou gentilmente para a garota sonolenta, que lhe sorriu afável.

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