Han Jisung, um ómega lúpus, formado em medicina veterinária, é um rapaz misterioso, totalmente fora dos padrões. A sociedade dizia que os ómegas se deveriam submeter a qualquer ser superior, aos alfas, acatando a todas as ordens sem reclamar ou exig...
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A alguns quilómetros do galpão, um lobo preto de olhos verdes caminhava pela densa floresta. O lobo mantinha os seus olhos atentos ao seu redor, procurando por uma presa dentre as grandes ervas e arbustos. Ao ver um cervo, este que se alimentava da gramínea atento a qualquer predador que se possa aproximar, o lobo logo se abaixou numa posição de ataque. Em apenas poucos segundos atacou o cervo, sacudindo-o e finalmente o matando.
Uivou mais uma vez naquela tarde e arrastou o cervo pelas trilhas cheias de ervas e arbustos. O solo estava completamente seco, não dificultando assim o seu trajeto. Os seus pensamentos em especial naquele dia encontravam-se em volta daquele ómega lúpus. O atrevimento, a forma perspicaz com que abordou a sua pessoa, sem medo ou constrangimento. Poucos nascem e atrevem-se a envolver-se daquela forma com o crime, e, Han Jisung, foi um ómega que, mesmo se apercebendo do perigo a que rumava, colocou um pé em frente e afrontou o alfa lúpus.
Chegou a negligenciar o ómega por breves momentos, as íris douradas pareciam brilhantes e ofereciam serenidade e honestidade na noite anterior, portanto pensou que o ómega fosse de facto um civil que haveria saído realmente do trabalho e pegou um breve atalho.
Mesmo possivelmente sabendo a sua identidade, Jisung teve a coragem de aumentar o tom de voz e tentar ludibriar a sua mente, assim como fugiu com os ficheiros importantes.
Precisão sempre rondou a sua mente e alma, sempre fez parte de quem Minho era. Na mente do lúpus o fiacre progredia penosamente, parecendo seguir todos os seus neurónios pouco a pouco. Não poderiam ser descobertos agora, ainda para mais por um simples ómega.
A floresta era bastante densa e coberta por diversificadas árvores, assim como arbustos. As patas, com garras afiadas e grossas, iam ao encontro do terreno sólido, partiam galhos secos e fazia com que os animais indefesos que se encontravam por ali, fugirem velozmente ao sentir a presença do predador.
O caminho parecia interminável, não dava sinais de que a trilha finalmente chegaria ao ponto crucial e desejado, parecia andar numa teia de aranha, envolto dos pensamentos e de mais vegetação a cada passo.
Tal coisa o fez retornar há forma humana, e após vestir as roupas negras que carregou até ali, Lee Minho caminhou para fora, retornando ao galpão apressadamente. Os seus passos eram fortes e pesados, carregando a sua ira e aura malévola em volta do seu corpo.
O alfa lúpus sorriu de lado ao passar perto dos recrutas e os observar minimamente a treinar, todos sérios e com conduta, seguindo as regras de acordo como lhes fora ensinado. Para serem mais fortes que qualquer outra coisa.
A máfia é sempre mais forte e potente do que qualquer governo. Essa é uma das principais normas do ambíguo manual de regras mafiosas.
O código verdadeiro de honra termina com um mandamento mais completo, que dá indicações precisas sobre quem pode pertencer à Máfia dos Lobos, ou melhor, quem não pode, de forma alguma, entrar na família. A organização não permite a entrada de quem tiver um familiar nas forças policiais, quem traiu sentimentalmente a mulher ou marido e ainda quem tenha um mau comportamento ou não demonstre ter valores morais.
