Once a Black, always a Black

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"Um herói? Por favor, alguns de nós nasceram para serem maiores do que meramente um herói" — Toni Oba

Uma semana depois, Ella retornou ao laboratório de Snape com o que julgava ser uma memória feliz o suficiente. Ao chegar lá, Snape estava com um baú, que assim como o guarda-roupa de Lupin, se mexia, denunciando que havia algo dentro deste. 

- Lestrange. Tomei a liberdade de pegar um bicho-papão para nossas aulas, já que estes são menos perigosos do que um verdadeiro dementador. Primeiramente, você deve entender o que é o Feitiço do Patronus. Trata-se de um escudo de memórias felizes e positivas, todas emoções das quais um dementador se alimenta, e, portanto, ao usar o Patronus, ele se alimentará do escudo, ao invés de você – Snape explicou – Como já deve saber, o feitiço se chama "Expecto Patronum"

- Expecto Patronum! – Ella lançou o feitiço, agora ainda sem estar de fato enfrentando o bicho-papão, já que Snape havia determinado que seria melhor se Ella já houvesse conseguido lançar o feitiço corretamente antes de usá-lo na prática. Depois de meia hora tentando arduamente, enfim uma fina névoa prateada saiu da varinha da Black.

- Mas que decepção... Volte terça-feira que vem e veremos se você fez algum avanço – Snape decidiu, e com um suspiro, Ella saiu do laboratório

***

Três semanas depois, Ella estava mais uma vez no laboratório de Snape, e já tendo conseguido produzir a forma mais fraca de Patronus, o não-corpóreo, agora a garota trabalhava para conseguir o seu Patronus corpóreo. Snape abriu o baú e soltou o bicho-papão, que imediatamente foi atacar Ella, que em resposta respirou fundo, e fechou os olhos, invocando o que sabia ser a sua memória mais feliz

- Expecto Patronum! – Quando Druella abriu os olhos, ela sorriu largamente ao ver seu patrono, que já havia forçado o bicho-papão a voltar para dentro do baú, e agora estava parado ao lado dela

- Bravo, Srta. Lestrange – Snape a elogiou – Não só conseguiu produzir um Patronus em sua forma corpórea, como se trata de um testrálio, um animal mágico, que compõem as formas de Patronus mais raras – O professor contou, visivelmente orgulhoso de sua aluna – Agora, diga-me, qual foi à lembrança que escolheu?

- Meu aniversário de nove anos, na Mansão Malfoy – Ella contou, sorrindo calorosamente com a memória – O momento específico foi no final do dia, quando nós seis estávamos sentados ao redor da lareira tomando chocolate quente. Eu estava encostada em Daphne, que brincava com o meu cabelo, enquanto todos nós ríamos e conversávamos, como se mais nada no mundo importasse, e eu suponho que, naquele momento, de fato nada importava – A garota explicou, com uma sensação agridoce de nostalgia em seu peito

- Essa é realmente uma bela lembrança – Snape concordou com um sorriso – Pode ir, Srta. Lestrange. Você foi muito bem, e acho que acabou de provar a seus pais que é tão boa quanto eles – O professor lembrou, fazendo um sorriso de puro orgulho crescer nas feições da Black.

Ao chegar ao Salão Comunal, Druella encontrou os Herdeiros, que imediatamente correram até ela

- Ella! É verdade que pode conjurar um patrono? – Draco questionou no momento em que viu a Lestrange, que não entendeu como tal informação já havia vazado, mas escolheu não responder da forma convencional

- Expecto Patronum! – Logo, o testrálio de Ella apareceu, rodeando os estudantes ali presentes, e parando aos pés de Daphne

- Incrível! – Exclamou Cassius Warrington, em choque com o que havia acabado de ver Druella fazer – A maioria dos sétimos anos não consegue fazer isso! – Ele completou, ainda em choque

A Herdeira Lestrange Where stories live. Discover now