Treze

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O barullho da troca de tiros pode ser ensurdecedor para muitos, mas soa como estar vivo para mim e meus homens. Disparo contra um dos soldados dos Morelli enquanto adentramos a propriedade. Não há como eles pedirem reforços, cortamos totalmente a sua conexão com o restante da cidade. Suas linhas telefônicas já eram, sua internet também. A cabeça dele explode em mil pedaços e dou um longo sorriso, finalmente me sinto vivo como não me sentia há muito tempo. 

Mais disparos são feitos e continuamos adentrando o espaço, sei que eles estão aqui. Em questão de minutos, meus homens dominam por completo os que estavam na casa. Apesar de ter dito a eles que não queria uma carnificina, eles estão com raiva pelo que aconteceu mais cedo. Nós devemos morrer pela Bratva, mas isso não impede que nossos irmãos não morram por nós. Somos uma família. E defenderemos ela.

Os estilhaços estão por toda a parte quando adentramos a casa, rastos de sangue por toda a parte. E quanto mais estou inserido na cena, mais fico furioso.

Se não fosse toda a sujeira, a casa me chamaria atenção pela beleza, com móveis modernos espalhados e animais empalhados nas paredes, poderia ser uma casa em que eu moraria. Mas não, só de lembrar a quem essa casa pertence meu ódio cresce.

Escuto choros vindo de um lado da sala, caminho até o som e encontro uma jovem mulher agachada chorando. O sofrimento dela quase me comove. Mas não vou desistir do meu objetivo aqui.

Pegando a arma, que já está pronta para disparar, me abaixo até estar na altura dela e digo:

— Olá docinho. — passo a mais em seu rosto molhado pelas lágrimas. — Tá vendo isso aqui? — mostra a pistola para ela e a mesma balança em afirmação. — Se você não quer ter uma bala dentro da cabeça, acho bom dizer onde seus chefes estão?

Vejo o quanto o medo faz ela pensar, sabe que se eu não a matá-la, os Morelli farão por traição.

— Se você... — sua voz é trêmula e gaguejada, mas ela prossegue — Se você garantir que não vou morrer, eu falo, falo onde meus chefes estão, e onde Ella está.

Meu coração para e quase perco a compostura, a menção ao paradeiro de Ella me interessa mais que qualquer coisa.

— Sei quem é você, ouvi uma conversa dos meus patrões sobre. — ela continua dizendo. Mas me detive na possibilidade de encontrar Ella.
— Muito bem, você vive se me der informações relevantes, mas agora aponte eles estão. 

Seus olhos se voltam para uma grande porta e me levanto outra vez.

— Vladimir, leve-a daqui e descubra tudo o que for possível.
— Sim, chefe.

O restante do grupo me acompanha até a porta, como suspeitava, a porta estava trancada. Me viro para meus homens:
— Traga a serra.
Alguns deles se movimentam e decido me sentar no sofá. 

Eles começam a trabalhar na fechadura e outros se colocam em situação de ataque para quando conseguissem serrar a fechadura.

Assim que o trabalho é finalizado, os homens saem da frente e artilharia se prepara para atirar em qualquer pessoa que possa ser um risco para a missão. 

Me levanto do sofá e aliso minha roupa, caminho em direção a porta com minha pistola em mãos.

A porta é aberta e posso ver dois dos Morelli na sala, automaticamente vejo que o filho mais velho não está aqui, Mateo.

Dou um passo a frente e vejo os olhares assustados dos homens que estão na sala, com um estalar de dedos os dez homens que estão na sala são atacados e caem no chão, com exceção dos Morelli presentes na cena.

Fruto Proibido Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt