Sete

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Já deixa a estrelinha e comenta o que achou do capítulo.

Pela terceiro dia consecutivo, Ella não está me esperando na sala de estar. Isso está começando a me deixar irritado, como ela pode querer ficar com alguém que a maltrata do que comigo? Esse pensamento vem me consumindo desde que a trouxe até aqui. Caminho até o escritório depois de mais um dia no complexo da Bratva, o dia hoje me consumiu, e ainda não tenho nenhuma notícia concreta sobre Sasha. Preciso de uma boa foda para relaxar, mas Ella me priva disto. Meu corpo todo clama por ela, porém, não a tenho. Ella não me deixa tocá-la, em sua pequena cabecinha isso vai me fazer desistir dela, a mesma não poderia estar mais enganada. Eu a quero ainda mais.

Meu escritório é aberto com minha biometria, adentro o local e me sento na cadeira, ainda tenho mais trabalho antes da hora do jantar, ligo um dos monitores e continuo trabalhando na remessa de armas que preciso enviar até o Afeganistão. As horas passam e continuo nisso.

Levanto da cadeira e vou até o cofre que mantenho na casa, alguns documentos precisam ser guardados a sete chaves, papéis que me levariam para a prisão. Não que eu vá ficar preso, mas tudo que a polícia de inteligência quer é colocar a mão em alguém como eu. As informações que tenho podem destruir o meu pais. Pego o documento que preciso e dou uma olhada no passaporte falso de Ella.

Eu deveria me livrar disso, e é o que farei, não quero que Ella tenha a mínima possibilidade de sair daqui. Apesar de saber que Antonella não entraria sem a minha presença no escritório, prefiro não arriscar. Decido fazer isso nas próximas horas.

Termino a papelada e vou até o meu quarto tomar um banho antes do jantar. Entro no quarto e Ella está sentada na cama em uma posição que reconheço como ioga, está calma e me olha profundamente, alguns segundos depois ela deixa a posição e se levanta. Caminho para o banheiro sem me importar muito com ela.

O banho gelado alivia em parte a minha frustração, mas preciso de uma mulher urgentemente. E o foda é que tenho uma em casa. Visto meu roupão e saio do banheiro em direção ao closet, visto uma camiseta cinza e calça moletom preta. Retorno ao quarto e dessa vez ela está deitada encarando o teto.

- Ella - a chamo. - Eu quero que você jante comigo hoje.

Seus olhos rapidamente deixam o teto e se concentram em mim, o mar azul me estuda com atenção.

- Eu não quero jantar. - sua voz é firme. Não se parece a garota tímida da Sicília, talvez ela nunca tenha sido essa garota. Não houve tempo para conhecê-la melhor.

- Eu não estou te oferecendo a possibilidade de recusar. Esteja na sala de jantar às 09PM. Não me faça vir te buscar, Antonella.

Saí do quarto deixando uma mulher furiosa capaz de me fuzilar só com o olhar.

Voltei para o escritório e continuei meus trabalhos, uma pista sobre minha irmã apareceu e preciso investigar. Minha irmã está realmente na Polônia, seu passaporte foi usado para chegar até lá, Sasha parece não estar querendo se esconder.

Digo aos investigadores para seguirem a pista. Aviso à Yan que estamos mais perto dela e peço para ele acalmar nossa mãe. Já que ele está morando forçadamente na casa em que crescemos é mais fácil para ele estar perto da família.

Às 09PM me dirijo ao salão de jantar e Ella está sentada a direita da cadeira principal, a mesa que cabe perfeitamente 30 pessoas parece grande para nós dois.

- É bom ver que você sabe obedecer. - digo calmamente.

Me sento a mesa e a governanta da casa começa a nos servir, um prato típico da Russia. Ella estuda o prato com curiosidade.

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