▭ 𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎 .

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❲         🌧️  𝐏𝐀𝐑𝐊  𝐉𝐈𝐌𝐈𝐍  🌧️         ❳

Relâmpagos iluminavam os céus de Seul, trovões causavam barulhos extremos que deixavam desde crianças até adultos assustados. A chuva caía forte, a possibilidade de enxergar em meio a ela era mínima, os carros quase não passavam pela rua sem fazer respingar poças de água e pessoas andavam pelas calçadas a busca de algum abrigo para esperar a chuva cessar ou o céu tranquilizar mais.

E entre tudo isso, estava eu, correndo ao meio dessas pessoas e sendo encharcado por a forte chuva. Sem um guarda-chuva, apenas com a minha mochila sobre a cabeça para tentar — em uma atitude falha — me proteger um pouco.

Minha respiração está ofegante, já se fazem longos minutos em que estou correndo e essa chuva não da trégua em momento algum.

Parece que estamos em um dilúvio.

Eu havia passado por todas as lojas de conveniência que encontrei pelo caminho, porém, todos os funcionários diziam que os guarda-chuva que tinham já haviam se esgotados.

Pensei antes de sair dessas lojas em me abrigar em uma delas e esperar a chuva acabar ou ao menos dar um espaço de tempo, mas, eu preciso chegar no dormitório o mais rápido possível antes do sinal de retaguarda ecoar por todo o campus.

O problema é chegar lá o mais rápido possível embaixo dessa chuva toda.

Desse jeito irei pegar um belo de um resfriado e acompanhado com uma febre alta, mas também uma tremenda bronca da gestora e assinar no caderno azul acaso não chegue a tempo.

— Eu não sinto mais as minhas pernas... — ofegante, parei ao lado de um semáforo de pedestres fechado, esperando não apenas eu como também outras pessoas o sinal verde aparecer para assim atravessar a rua.

Olhei ao redor e mais pessoas começavam a se aproximar e esperavam, assim como eu e as outras, a abertura do semáforo, e diferente de mim todas elas estavam aparadas por um guarda-chuva.

Será que eu fui o único que não viu a previsão do tempo de hoje?

Merda, acabou de bater em mim uma certa vergonha alheia e arrependimento por ser tão desligado assim.

Respirei fundo por algumas vezes, o cansaço me agarrou completamente e as minhas pernas latejam em cada músculo que movimento.

Eu sou sedentário e não sabia. A minha mãe estava sempre certa ao dizer que tenho que fazer algum exercício físico para que em momentos como esse eu não pareça um garoto jovem, em plenos 17 anos, sedentário mesmo tendo um peso normal para a sociedade e a saúde.

Eu nunca ouvi a minha mãe sobre certas coisas, e essa é uma delas.

Me arrependo amargamente, mãe.

Ajeito a bolsa sobre minha cabeça, ela está praticamente toda molhada e com certeza algum pertence meu está molhado por dentro dela.

Apenas torço para não ser os meus livros e cadernos, e nem meu celular que está dentro da mochila.

Minhas roupas estão totalmente encharcadas, e por está questão os meus braços se movimentam com dificuldade por causa do casaco de pano fino que estou usando e que está a grudar em minha pele.

Não aguento mais.

O semáforo de pedestre finalmente passou a ficar verde, e os carros que estavam por ali estacionaram próximos a faixa de pedestre respeitando o semáforo vermelho para eles. Suspirei e apertei minha mochila, cravando as minhas unhas nela, e depois disso pisando para fora da calçada.

Rain • JikookWhere stories live. Discover now