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 No dia seguinte acordei determinada. Claus disse que eu poderia começar o mais rápido possível, então combinamos de ir ao manicômio hoje para eu me adaptar ao lugar.

Resolvi me levantar um pouco mais cedo do que previ para ajeitar minhas coisas. Como eu sou psiquiatra, sempre desde que me formei, antes de começar o tratamento dos meus clientes, preparava algumas perguntas simples e logo em seguida algumas mais complexas, mais pessoais. Essas farão com que eu consiga me aproximar mais do paciente e, consequentemente fazer com que ele consiga se abrir melhor.

Depois de quase meia hora ajeitando minhas coisas, já pronta, fui tomar café da manhã.

Moro sozinha há dois anos, quando saí da casa dos meus pais e, com ajuda deles, consegui esta casa que era próxima ao meu trabalho. Nada grandioso. Tinha dois quartos, três banheiros, contando com o da lavanderia, e um quintal, cozinha e sala de estar. Era bem seguro também. Foi ótimo saber que minha casa era próxima de meu trabalho. Assim eu não teria complicações de ir e voltar.

No início foi difícil tanto para mim quanto para meus pais que estávamos acostumados com três pessoas dividindo a mesma casa. Mas depois de algum tempo ambos nos acostumamos. E sempre que posso vou visitá-los.

Enfim, terminei de tomar meu café da manhã e fui ao meu banheiro para escovar os dentes e me ver no espelho.

Estava vestindo minha calça jeans de cintura alta, um cropped branco com casaco marrom. calçava uma bota cano curto preta. Meus cachos estavam soltos.

Olhei no espelho do banheiro novamente e suspirei. Andei em direção à saída de minha casa, saindo e trancando a porta principal e dirigindo-me ao meu carro. Eu teria que voltar à empresa onde trabalho para buscar Claus, pois segundo ele, não me deixaria ir sozinha para que pudesse me instruir em muitas coisas que eu deveria ou não fazer.

Liguei meu automóvel que estava novinho em folha e sorri. Tinha conseguido com meu dinheiro e esforço. Fiquei orgulhosa de mim mesma no dia. Cinco anos de faculdade não foram desperdiçados.

break time⏳

Estacionei em minha vaga particular que a empresa tinha me reservado e, sem delongas, me dirigi ao elevador que me levaria ao andar da sala de Claus.

Ao chegar ao lugar que queria, andei pelos corredores onde estava, cumprimentando todas as pessoas que passavam por mim até chegar em frente à sua sala. Quando ia bater na porta, a mesma foi aberta rapidamente, me dando um susto, fazendo com que eu desse um passo para trás. Olhei quem era e Claus me olhava brincalhão.

─ Desculpe querida. Não queria te assustar. ─ sorriu carinhosamente ─ Como você está? Pronta para conhecer o manicômio e seu novo paciente? ─ perguntou-me.

─ Sim. Estou mais pronta do que nunca ─ sorri, confiante.

─ Então vamos. ─ andamos lado a lado até o elevador que nos levaria até onde estava meu carro.

Antes que chegássemos ao térreo perguntei:

─ Onde será feito o tratamento dele? Terei que ter alguns cuidados ou não precisarei me preocupar? ─ disparei as peguntas, rapidamente.

─ O ambiente em que você irá ficar cara a cara com ele, é o mesmo lugar onde ele fica ─ o encarei confusa ─ Sim a consulta será feita no quarto de Hacker. Não podemos deixá-lo sair dali. Ele precisa ficar sozinho. É um perigo para os outros que moram ali ─ suspirou ─ enfim o tratamento dele será mesta mesma sala e você ficará sozinha com ele ─ arregalei os olhos ─ mas não se preocupe. Haverá seguranças do lado de fora. ─ 

PSIQUIATRA DE UM ASSASSINO - VINNIE HACKERKde žijí příběhy. Začni objevovat