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(pov Hannah)

Depois de ter acordado, fiquei um pouco aérea de tudo, mas consegui fazer o essencial em poucos minutos, para que eu não me atrasasse para chegar à Casa Westreet. Hoje eu faria perguntas mais pessoais a ele. Precisamos progredir e do jeito que as coisas estão indo, não está dando certo. Folheei algumas folhas de meu caderno e analisei o que tinha escrito, logo vendo exatamente o que faltava eu perguntar. Parei em frente a porta do quarto dele, logo acenando para os brutamontes que faziam vigia da mesma.

Ao entrar no quarto, percebi que Hacker não estava onde costumava ficar, deve estar no banheiro. Constatei minha afirmação, pois era o único lugar mqis óbvio que ele podia estar, mas não somente isso, como eu também pude ouvir o som de água caindo. Ele está tomando banho. Vinnie deve pelo menos ser solto da camisa de força para tomar banho e escovar os dentes.

De repente, escutei o registro desligar e fiquei tensa, só de pensar que ele podia sair da porta de banheiro somente de toalha e se trocar aqui, mas descartei essa ideia ao vê-lo sair do lugar que estava já vestido e secando o cabelo com a toalha.

— Hannah? Você por aqui agora? Pensei que viesse mais tarde.— Olhei pro meu relógio e vi que realmente, eu tinha vindo mais cedo do que pensei.

— Oh, é que eu não dormir muito bem e acho que não consegui me segurar. Já virou hábito vir para cá.

— E por que você não dormiu bem? — Ele me perguntou sentando a minha frente.

— Por que você ainda está sem a camisa de força? — Perguntei, sem respondê-lo.

— Eles normalmente colocam aquele troço quando está chegando, mas já que está aqui. — Ele deu de ombros.

— Tudo bem, você...

— Ainda não respondeu a minha pergunta — Hacker me interrompeu.

— Esse assunto é particular e eu não devo compartilhá-lo com você, pois não compreenderia — Ele riu debochadamente como que se duvidasse.

Franzi o cenho percebendo que Vinnie me encarava nos olhos, mas logo desceu seu olhar para as minhas mãos. Encarei as mesmas oara ver se tinha alguma coisa de errado, mas não encontrei nada.

— Você sempre pinta as suas unhas de azul? — Ele perguntou ainda encarando as minhas mãos.

— É minha cor preferida — Engoli o seco. — Eu sempre pinto dessa cor, desde meus seis anos.

Hacker assentiu, levantando e voltando para o banheiro, talvez para guardar a toalha que também estava em suas mãos. Depois de um tempo voltou e eu não me aguentei e perguntei.

— Por que quis saber disso?

Encarou-me sem responder e se aproximou de mim. A situação não era uma das melhores. Eu ainda sentada e ele em pé. Me senti ameaçada.

—Você é a minha psiquiatra e faz perguntas sobre a minha vida, por que não posso fazer o mesmo?

—Como você mesmo disse, sou sua psiquiatra. Me formei para isso. — O encarei de volta, não conseguindo mais desviar o olhar.

— Justo. — Sorriu e se afastou, sentando-se em seu lugar, relaxadamente. Suspirei e peguei minhas coisas da bolsa colocando-as sobre a mesa.

— Bom, eu vou te fazer umas perguntas mais pessoais hoje, e eu quero que você me responda, pois não vou sair daqui até me senti satisfeita com as respostas, tudo bem? — Arqueei uma sobrancelha, vendo logo em seguida ele fazer o mesmo.

— Tudo bem. — Disse somente.

— Foi você que matou as dez pessoas em um dos becos da cidade há dois dias antes de voltar aqui não foi? — Ele sorriu e assentiu, sem remorso algum.

PSIQUIATRA DE UM ASSASSINO - VINNIE HACKERWhere stories live. Discover now