⚢
Dizer que os opostos se atraem nunca, em um milhão de anos, convenceria as duas maiores inimigas de Elite Way School, de que um dia elas estariam juntas no ódio ou no amor
Ou
Onde Ayla Garcia e Maya Jackson, que sempre se odiaram, começam a ter d...
Durante a pequena viagem de carro, Maya até se sentiu confortável com a ruiva ao seu lado. Ambas curtiram a playlist da atleta, criando uma ótima vibe no caminho, Jackson tinha sua atenção na estrada enquanto Ayla insistia em fuçar na série de livros do crepúsculo, cantarolando em um sussurro as músicas que conhecia toda vez que elas tocavam no rádio. Stella achou aquilo fofo, mas preferiu não tocar no assunto porque tinha visto o local desejado, ela acelerou e em dois minutos, já estava estacionando no pico mais alto para que Ayla pudesse ver onde elas estavam..
— Chegamos — Ela disse antes de puxar o freio de mão e fazer aquele típico barulho de automóvel manual.
Maya percebeu o pequeno susto que a ruivinha levou com o barulho, dando uma gargalhada suave antes de sair do carro. A atenção de Ayla foi completamente tomada pelo lugar que ela via através do vidro limpo do carro, era uma área aberta enorme e muito verde, a grama parecia macia e o sol iluminava perfeitamente a água do lago, que tinha um tom de verde turvo, realmente Ayla tinha se impressionado, não fazia ideia de que existiam lugares assim em Boêmia.
Sem tirar os olhos do grande lago, a Garcia saiu do carro, recebendo uma rajada de vento fresco junto do calor do sol, era bom, a fazia querer retirar aquela blusa grossa de lã. Com cautela, seus passos se aproximaram da Jackson, captando o exato momento em que ela respirava fundo com os olhos fechados em direção a luz aconchegante daquela manhã, os cachos dela voavam com o vento na mesma direção que os fios cor de cereja de Ayla, eles se misturavam bem no ar.
— Aqui é bem bonito… — finalmente quebrou o silêncio, parando de olhar para a maior imediatamente quando viu as pálpebras dela se abrindo em sua direção.
— Que bom que você gostou — A capitã sorriu boba, sentindo o seu celular tremer no bolso. Para evitar qualquer tipo de interrupção, ela pegou e se certificou do que era.
Era do grupo de amigos que constantemente viviam com ela. Preferiu responder e deixá-los avisados para tornar essa tarde o mais tranquila possível. É até difícil pensar dessa forma porque elas se odiavam no dia a dia, parece ser um empecilho e tanto.
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Notando a distração da maior com o telefone, a Salles foi silenciosa ao começar a caminhar, observando as pequenas borboletas coloridas e fofinhas voando sobre as flores nas moitas sem uma forma específica, claramente obra da natureza e não de um jardineiro.
Já próxima do deck de madeira, Ayla percebeu a movimentação atrás de si, e com uma pequena olhada ela viu Maya forrando o cobertor que estava no banco de trás do carro na grama verdinha, não deu muita bola para a garota e nem para os objetos que ela segurava, estava mais interessada na água.
Seu coração se encheu de euforia ao chegar na beira do deck, notando o quão longe aquela estrutura de madeira ia, estava quase perto do início do meio do lago, onde a água já era funda o suficiente para uma pessoa alta nadar. Se abaixando ali, a metade de seus dedos mergulharam na água morna, era um lugar realmente gostoso de se estar, sentia que podia até respirar melhor.
