Sentimento Imensurável

CAPÍTULO 1

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7 DE FEVEREIRO DE 2022;
CASA DOS JACKSON.

Sentimento; é usado para referir-se a uma disposição mental ou o propósito de uma pessoa para outra. Só que agora, Maya não sentia. Estava deitada sobre a cama encarando o teto e isso já se fazia cerca de 10 minutos. A mente parecia estar limpa, contudo, o que mais pensava é: Meu deus, eu odeio ir para escola.

— Maya Stella Jackson! Se não sair desse quarto, agora eu vou fazer o possível para derrubar essa porta e eu mesma te levar! — Karen, sua mãe, gritava pelo outro lado da porta de madeira. Não havia visto se a garota tinha acordado ou não, mas não precisava, era uma mãe e sabia quando sua filha acordava ou não.

— Droga... — Finalmente se deu por vencida e levantou da cama, respirando fundo para sentir o cheiro acolhedor de ¹marijuana que seu quarto trazia.

Antes de sair, olhou para si em um dos espelhos no quarto, tirou uma mecha cacheada do meio do rosto. Analisou o corpo marrom-escuro e aprovou o que via no espelho, piscou para si mesma segundos antes de pegar o casaco do time em cima da cama e sair de encontro para a cozinha cumprimentar seus pais.

Desceu as escadas, apreciando os novos tênis brancos que ganhou de presente dos avós, sem muito motivo. Também percebeu como a sua bermuda vermelha combina com a blusa branca e o tênis, no fim de toda essa análise, tropeçou no penúltimo degrau da escada quase caindo de cara no chão.

— Bom dia, pequenina — Leon, o pai da garota, pronúncia com o seu inglês nativo assim que sente o cheiro gostoso de coco da filha invadir a cozinha — Sua mãe já estava vendo vídeos de como arrombar uma porta. — Maya ouviu uma gargalhada gostosa vindo do mais velho e não deixou de sorrir apreciando-a

Foi diretamente para o armário pegando pão de forma e alguns frios na geladeira para fazer um pão simples antes de ir para a escola. Sua mãe aproximou-se dela e beijou a testa limpando uma sujeira na bochecha da maior antes de cheirar o pescoço da menina, seus pais amavam o cheiro que a menina tinha.

— Tem certeza de que viu ela vendo isso? Olha como ela está agora — Apontou para a mais velha sorrindo.

— Vai logo, ou vai se atrasar ainda mais! — Aconselhou a mãe dando algumas palmadinhas na bunda da garota, lhe apressando para sair.

Quando terminou o seu pão, deu uma bela mordida, pegou o casaco que deixou sobre o balcão, beijou a testa do pai, a bochecha da mãe e se apressou para sair, pegando rapidamente a chave do automóvel no chaveiro. Os pais sabem e não compactuam com a ação criminosa, pois de uma forma ou de outra, Maya ainda usaria o carro que ganhara de presente dos pais no ano anterior.

— Vejo vocês mais tarde! — Diz saindo da casa e entrando no seu carro que tanto amava.

A porta que tinha na cozinha, dava acesso para a segunda garagem dos Jackson's onde ficava o seu Impala 67 que cuidava com tanto carinho com medo de um único arranhão, o interior do carro era constantemente bagunçado tendo desenhos em algumas partes, mas tudo que tinha ali, reproduzia uma parte de si. Tal como os amplificadores, os anéis no porta-joias, a série de Crepúsculo, a guitarra reserva e com certeza alguns lençóis, cobertores e pisca-piscas no porta-malas esperando o momento certo para serem usados.

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ELITE WAY SCHOOL;
8:15 AM.

Quando pisou os pés no hall de entrada, recebeu olhares de inúmeros pessoas e lugares já estando acostumada com a situação, cumprimentando algumas colegas e não se esquecendo de desfilar propositalmente para as pessoas que secretamente lhe desejavam. Mas não tinha problema algum se aparecer para quem queria saber, não é mesmo?