Mesmo após os anjos desaparecerem, as duas continuaram ainda abraçadas em silêncio durante um tempo, até que afastaram-se devagar, mas ainda assustadas, sem dizer nada uma à outra.
Andreia levantou-se foi ao banheiro que ficava em seu quarto, Eduarda sentou-se na mesma cadeira de sempre, junto a mesinha de estudos de Andreia.
Ao sair do banheiro Andreia foi à cozinha deixando Eduarda ainda pensativa sentada na cadeira em frente ao computador, sozinha, apertando as juntas dos dedos, cabeça baixa, quando Andreia trouxe-lhe um copo com água da cozinha, e sentou-se no canto da cama, em frente a Eduarda, que tomou alguns goles e colocou o copo pela metade na mesa, após mais alguns segundos calada, falou olhando para os próprios pés:
– Fico me perguntando se algum dia vou me acostumar com isso tudo, Dé – só então olhou pra amiga, esperando a resposta.
– Sinceramente, Duda, eu não sei, acho que o que nós duas vimos hoje... não vamos esquecer nunca mais em nossas vidas.
– Ele era tão parecido, a mesma voz, caramba, eu seria capaz de jurar que era o Hanny.
– Acho que o Hanny já deve ter provado pra gente que eles são capazes de qualquer coisa, né?
– Eu nunca vi o Hanny desse jeito Dé.
– Bom, se te serve de consolo, pelo menos agora você viu como ele "realmente" é aqui em nosso próprio mundo, né?
– É daquele jeito que você o vê sempre?
– Quase, só não com aquela armadura e as asas dele e aquele... aquele... aquele, esplendor todo, aquele fogo, aquela coisa toda, acho que você me entendeu.
– Sim, sim, acho que posso, e o que você achou dele?
– Desculpa Duda, acho que não estou em condições de avaliar se ele tava bonito ou feio, por um pouco eu quase me borrei de medo.
– Aff Andreia que exagero, eca!
– Nem vem senhorita coragem, você estava tão apavorada quanto eu.
– Pior que tava mesmo, nunca vi o Hanny daquele jeito. Acho que esse é o mais perto que eu consigo chegar dele.
– Duda, o Hanny não é um anjo comum, ele é um anjo guerreiro, dá pra notar claramente a diferença entre ele e os demais.
– Eu só não consigo entender, por que sou tão importante assim, você viu como o chefe deles falou comigo e com você também.
– Esse tal desse... humano celestial que o Hanny disse...
– Sim, se esse humano é ele o que eu tenho a ver com isso tudo? – interrompeu Eduarda.
– Ora simples, você é a namorada dele, que outra explicação pra isso você teria?
– Só por isso? Mas não faz sentido, Dé, que interesse o chefe deles teria em me conhecer, só por isso?
– Por ser a namorada do principal enviado dele, é tudo o que eu posso imaginar.
– Eu sei que faz sentido, mas acho que ainda não consigo me convencer dessa sua teoria.
– Então pergunte pra ele na próxima vez que vocês conversarem.
– É o que eu pretendo fazer, preciso ir pra casa, amiga.
– De jeito nenhum que você sai daqui, eu tô responsável por você, lembra?
– Ficou louca? Se eu não estiver em casa minha mãe me leva pela orelha daqui até minha casa e eu preciso falar com o Hanny também.
– Depois a gente dá um jeito nisso, se quiser falar com o Hanny fala, ué, deita aí e dorme.
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A Guerra dos Arcanjos - Princípio
Genç KurguUm plano elaborado para resgatar a humanidade do domínio do arcajo rebelde envolve todos os anjos do céu numa guerra sem precedentes