Capitulo 29

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Minha noção de tempo havia sumido juntamente com meus sentidos de uma pessoa normalmente sóbria, depois de todo aquele alvoroço fui até o balcão do mini bar que tinha no meio do salão.

- Com licença, uma garrafa de água por favor. — Peço para o barman que estava na minha frente entregando o dinheiro em sua mão.

- Pode deixar que eu pago. — Sinto uma voz aguda por trás de mim.

- Obrigado. — Pego a garrafa e me viro para o homem que estava em minha frente.

Vasculho meus olhos por sua silhueta bem definida enquanto dou um gole em minha água, não mais parecia que o mesmo aparentava ter vinte e quatro anos.

- Como se chama ?. — Ouço sua voz romper meu silêncio.

- Gustavo, e o seu?. — Olho atentamente entre sua boca e seus olhos escuros.

- Marcos, muito prazer em conhecê-lo. — Seu sorriso abre lentamente e vejo o quão bonito ele era.

- O que faz por aqui, Aiden?. — Atrevo-me a saber mais sobre ele.

- Vim comemorar o aniversário de uma amiga, porém não fiquei muito a vontade aqui, até agora. — Seus olhos recaem sobre os meus enquanto se senta ao meu lado.

- E o que chamou sua atenção pra ter melhorado o clima desse lugar?. — Pergunto olhando para a pista de dança onde Fernanda mandava beijos com a mão para mim.

- Você, digo, quando eu te vi dançar com aquela garota ali. — Aponta o dedo para onde Fernanda estava.

- Meu Deus. — Me sento de frente para o balcão pondo minhas mão sobre o rosto de tanta vergonha. - Você viu aquele showzinho?

- Digamos que sim. — Ele ri voltando a me encarar. - Foi demais se assim posso falar.

- Acho que acabei esquecendo até demais. — Acabo soltando uma confissão.

- Nossa, o que rolou pra ter vindo parar aqui?. — Olho para a garra de água que estava pela metade e olho em seu rosto.

- É uma longa história, mas resumidamente, cagaram no pau comigo e agora faz de conta que não houve nada. — Olho para o balcão e peço um copo de suco.

- Então foi um cara, que babaca ein. — Fala ele olhando para mim, rimos juntos pela situação do momento. — Também vou querer o mesmo que ele.

Durante nossa conversa percebi que tínhamos os mesmos gostos, alguns divergiam e isso eu achava interessante, mas por um breve momento fomos interrompidos pelo barulho aguçado das caixas de som do local.

- Boa noite meus caros convidados, agora para acalmar um pouco nossa algazarra, a pedidos de alguns casais aqui vamos tocar algo mais sútil e, em breve voltamos com nossa música original. — Termina o locutor de falar e lentamente a música tocava.

Mais à frente só os casais ficaram na pista de dança, e de repente me pego pensando em como seria se aquele cara estivesse ali, mas desfaço meus pensamentos e me atento na música, the night we met, uma boa escolha de música, observo todos que estavam com seus pares ali.

- Quer dançar?. Se não quiser tudo bem, vou entender. — Seu nervosismo era aparente, mas não vi problema em não aceitar.

- Aceito sim, mas já digo que não sei dançar muito esse ritmo. — Me levanto acanhado enquanto ele estende a mão.

- Não se preocupe, se você cair vou estar lá para te segurar. — Vejo novamente aquele sorriso lindo se abrir.

E assim eu me rendi em um sorriso, aquele maldito sorriso.

Diferente de mim Where stories live. Discover now