IV¹

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Coreia do Sul, Seoul

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Coreia do Sul, Seoul.
Sexta-feira, 23:19.

Entro em minha casa e vou direto para o meu quarto, adentro o banheiro e escovo os dentes, mudo de roupa para uma confortável e então, me jogo na cama e a única coisa que lembro de pronunciar antes de dormir foi:

— O que raios aconteceu hoje?

[...]

Sábado, 10:21.

Acordo com o som da campainha ecoando pela casa, espero algum tempo, porém o som irritante permanece, será que meus pais não estão em casa?
Me levanto e saio do quarto, desço as escadas arrumando o cabelo com as mãos para tentar disfarçar um pouco o estado deplorável que estou. Caminho até a porta e abro a mesma me deparando com uma figura um pouco menor que eu que encarava o chão quando começou a falar.

— Olá Laísa nossos pais va- — Olha finalmente para mim. — Você estava dormindo uma hora dessa?

— Sim. — Digo simples. — O que você quer? Atrapalhou meu sono de beleza.

— Nossos pais vão sair juntos e sua mãe pediu para eu vir para sua casa. — Diz me vendo ficar com uma feição desesperada.

— Minha mãe a sua mania de não querer me deixar sozinha por muito tempo! — Digo decepcionada.

— Não se preocupe estou só esperando eles saírem da minha casa e volto para lá, me recuso a ficar com você. — Diz entrando em minha casa, e a educação Jennie? Enfiou no cu?

— Que bom.

Vejo Jennie caminhar até a sala e sentar no sofá, caminho vagarosamente até a mesa da cozinha e me sento na mesma, comendo o café da manhã que minha mãe deixou preparado.

— Ei Laísa. — Diz, porém não respondo. — Estou falando com você!

— Não, não está. Meu nome não é Laísa.

— Foda-se. — Soou mais como uma reclamação. — Enfim, por que sua mãe não deixa você ficar sozinha por muito tempo?

Congelei com sua pergunta, eu não queria responder, pois é algo muito pessoal então apenas inventei a desculpa mais esfarrapada que existe no mundo, mas que parece funcionar devido ao meu histórico atrapalhado.

— Eu sou muito atrapalhada, minha mãe tem medo que eu quebre a casa toda. — Digo torcendo para que ela acredite.

— Imaginei. — Confessa.

Ouço um carro ser ligado e alguns segundos depois ouço outro, olho pela janela e percebo ser meus pais e os pais de Jennie saindo.

— Nossos pais já foram, pode ir embora. — Digo.

— Pensando melhor, acho que vou ficar. — Diz se deitando no sofá.

— Não vai mesmo, pode ir se levantando e mete o pé. — Digo acabando de comer o café da manhã.

IN YOUR EYES | JenlisaWhere stories live. Discover now