Minha rainha da morte...

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Os bebês illyrianos me deixaram ver um pouco da extensão de Velaris puramente pela minha animação e admiração pela beleza da cidade, não importa as fanarts, todas as vezes que eu imaginei, ou as vezes que eu sonhei com esse lugar maravilhoso, nada se compara a ver ao vivo. Os cheiros, os sons, a rua dos artistas que eu simplesmente quase caí de tanto que me mexi segurando em Az, o rio Sidra que quando o sol iluminou eu juro que parecia feito de diamantes, linda simplesmente linda. Cassian deu um riso pelas lágrimas nos meus olhos quando pousamos na casa do vento. Eu optei por ignora-lo.
- Qual de vocês fez nossa convidada chorar?
- Como pode pensar isso de nós irmão? 
— Cassian diz fingindo ofensa, a provocação de Rhys. Az me guia para atravessar as portas, poderia dizer que se o pai é assim eu vou morrer quando encarar o filho.
- Obrigada pelo elogio senhorita.
- De nada Rhysinho da Silva.  — Dou um sorriso.
- Vai me explicar ou tenho liberdade para vagar pelas suas lembranças?
- Fique a vontade para olhar, não tenho nada a esconder, só não se assuste com as minhas memórias íntimas, no meu mundo costumamos abraçar os nossos traumas de um jeito diferente.  — Solto um risinho baixo.
- Pode compartilhar essa parte conosco Zaira, tenho certeza que deve saber se divertir!
- Hahahahah, adoraria Cassian especialmente saber o quanto Nestha pode abrir as pernas. Espero que não ligue mais você é uma das fêmeas mais bonitas que eu já vi na minha vida e faz completamente meu tipo.  — Dou de ombros.  Ouço Azriel engolir em seco, Feyre me encara assustada e Lucien me olha incrédulo. Rhysand e Cassian gargalham como duas hienas.
- Já disse que é bem vinda quando quiser aqui, quanto a sua curiosidade se nenhum dos seus parceiros te satisfazer fique a vontade a tentar comigo e Cassian. Gostaria de saber se consegue gritar tão suavemente quanto canta...
- Acredite em mim minha rainha da morte eu grito tão alto quanto aquela Leoa rugiu.  — Dou um sorriso safado a Nestha, ela sorri sínica e vira de costas indo até as escadas. - Aí deus me dá juízo porque se der forças eu paro na cama dela... Se acalma mulher.
- Você acabou de convencer a minha irmã a um ménage?
- Não sei porque a surpresa, não é a primeira vez que ela sugere isso a alguém, não duvido nada de que ao menos uma vez eles fizeram com um certo alguém não é Cassian?
- Não sei do que está falando.
- Jura duvido muito disso, mais se você não quer dizer quem sou eu pra te por contra parede não é?  — Vejo o general perder a cor.
- O que você sabe Zaira?
- Bom... Tudo.
- Tudo!? Até a primeira vez que nós?
- O livro de vocês acaba com o casamento, mais teve umas cenas maravilhosas que eu jamais esqueceria, vocês são meu casal favorito.
- Pela mãe. Então você só supos que nós...
- Não é difícil imaginar considerando que era um desejo dela, inclusive é revelado que ela sonhou com isso.
- Que porra!!
- Ah fofinho relaxa é normal, toda mulher tem seus desejos, você ficaria surpreso com os meus.
- Posso mostrar a ele se quiser?  — Rhys pergunta rindo com o choque de Cassian.
- Eu avisei pra não se assustar Rhysinho, não que você deveria ir direto pra essa área, compartilhar ou mostrar mas do que deve. Que eu amo e sou grata a vocês, isso é fato agora que a minha privacidade e intimidade sejam compartilhadas isso é algo que eu não permito. 
- Desculpe eu só achei que não teria problemas considerando a forma como você e ele...
- Entendo sua confusão, mais uma coisa é eu provocar alguém que eu sinto atração, outra é minha vida, fragilidade, medos, traumas, cicatrizes e todos os meus piores momentos sendo expostos sem necessidade.  — Rhys fica em silêncio, somente abaixa a cabeça em concordância. Sinto garras negras na minha mente...  - Que falta de educação entrar sem pedir Rhysinho.
- Com licença então senhorita Zaira.
- A vontade.  — Libero as paredes de titânio, com camadas de cerca elétrica e laçadores de chamas como proteção adicional, além de uma muralha de espinhos venenosos só pra dar um charme no final, sinto uma névoa coberta de estrelas sutilmente passeando pelas áreas da minha mente, quando Rhys se sente satisfeito com o quer que tenha visto na minha cabeça ele da um sorriso ladino e saí.
- Já sabe quem são seus dois parceiros, domou uma Leoa das Neves, capturou um Surriel e tem Tamlin nas suas mãos, tudo em menos de dois dias gostaria de se tornar minha espiã?
- Dispenso, não trabalho mais com isso Rhys já deve ter visto o porquê.  — Solto entediada daquela conversa.
- Não foi sua culpa ela ter morrido...
- Sim foi, eu me importei e mataram ela na minha frente como um lembrete, eu nunca mais faço esse tipo de trabalho Rhys não tente me convencer.
- Certo então tenho outro pedido, faça parte dessa corte ensine crianças, abra um restaurante, um loja onde você venda jóias, faça o que quiser, mais você é uma sonhadora senhorita merece estar numa cidade cheia deles.
- Quando eu terminar meu trabalho na corte primaveril eu venho, já não tinha deixado isso claro não morceguinho?
- Hahaha! Você é perfeita para ele, só por favor não o induza a fazer uma das suas seções de torturar, não sei como sente prazer nisso!
- Querido existem regras nessa prática, eu disse que assustava o que você viu foi uma punição, as recompensas são mais atrativas, talvez Feyre goste de ter você de joelhos e acorrentado para ela? Já imaginou? Posso ensinar se quiser, só basta pedir.
- Chega de falar besteiras, não acha?  — Lucien se pronuncia depois de tanto tempo.
- Por que se sente incomodado? Sabe raposinha eu sei que com as roupas da Primaveril eu pareço indefesa e que não machuco nem uma mosca, mais acredite eu já lidei com seres humanos pior do que milhares de Tamlin, ou que qualquer monstro que eu encontre nessas florestas a noite. Enfim eu preciso almoçar, saímos de manhã e eu ainda não comi, por favor me diz que eu posso comer!?
- Pode claro, não posso deixar minha futura nora desmaiar de fome!? Vamos Feyre querida deixe de timidez, ela só estava brincando não é?
- Não estava mas se isso te faz sentir melhor.  — Dou de ombros, caminho de volta pra sacada, subo na grade e me jogo. E porque, não sei só senti que devia, algo no meu peito pulsou e eu não senti medo, quando abri os olhos uma sombra roxa e preta estava rodeando meu corpo, senti um toque quente na minha nuca, um braço segurando minhas pernas e quando encarei o rosto elegante e jovial me observando chocado só ouvi uma melodia suave e nostálgica.  - Belo jeito de me conhecer em príncipe das estrelas?
- Então é você a cantora dos meus sonhos?
- Acredito que eu sou...
- Qual seu nome?
- Zaira.
- Nyx.

Continua...

Corte de chamas e amor!Where stories live. Discover now