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𝐿𝑎𝑛𝑎 𝑃.𝑂.𝑉
Coloquei as chaves de casa na mesa da sala, me joguei no sofá e respirei fundo. Na minha só se passava o beijo que Slash havia me dado, algo mágico, como se fosse a primeira vez.
Como já estava a noite, fui ate meu quarto e me deitei na cama, fechei os olhos e tudo o que senti, as mãos de Saul em meu corpo, os cachos dele batendo em meu rosto, cheiro de perfume misturado com cigarro e cerveja.
Quando acordo pela manhã, vou diretamente para a sala e ligo a TV, assim que vi o que passava no canal eu entrei em choque. Se passava um VideoClipe do Guns N' Roses.
— O que eu fiz...
Disse baixo, para mim mesma, coloquei meu corpo para frente, apoiei meus braços em meus joelhos e respirei fundo. Estava acontecendo de novo, tudo de novo.
Tento esquecer Slash, mas sempre acabo me rendendo ao sentimento; não consigo deixar ele e nem ficar com ele, é algo tão difícil. Tento me entregar a ele, tento deixar ele ir, tento me entender e tentar não machucar ele e a mim mesma.
— Disse alguma coisa? — Ane sai do seu quarto e me olha. — O que você aprontou dessa vez?
— Eu...
— Você? — Ela se senta ao meu lado. — Você...?
— Eu beijei o Saul.
Ane olhou pata a frente, aquilo durou cerca de um minuto, logo depois ela me olhou e sorriu.
— Você beijou o Slash! Vocês vão voltar!
— Você não está entendendo, Ane. Eu beijei o Slash! Eu não saio desse ciclo de maneira alguma.
— Lana. — Ane respira fundo, como se fosse me bater. — Esse ciclo só está se repetindo porque você quem começou, sempre é você que vai embora e depois começa a voltar aos poucos.
— Eu sei... eu sei.
— Lana Woolridge Grant Del Rey, você tem que aprender a conversar com as pessoas envolvidas nos seus problemas, tem que aprender a enfrentar seus problemas e não fugir deles.
A loira segurou meu rosto e me fez encarar a ela mesma, ela encontrou nossas testas e fechou os olhos, eu segurei o rosto dela e fechei meus olhos.
— Vai atrás do Slash, conversa com ele sobre seus sentimentos e voltem. No fim, ninguém vai realmente se i.portar se vocês parecem um ioiô.
— Sua idiota. — Falo rindo.
— Eu não sou idiota, Lana. Você quem precisa de um tapa no rosto, as vezes.
