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Varanda de Motel

I just Ride.

I just Ride

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Lana P.O.V

Aproveitei minha noite assim como estava fazendo com as

outras, tentando me esquecer de ter deixado o homem da minha vida para trás e todas as outras coisas. Bebia para esquecer mas o pior era que acabava me lembrando ainda mais. Andando na rua depois de beber litros de água para tentar ficar sóbrio um carro para ao meu lado.

— Precisa de carona?

Um homem bem mais velho que eu, com partes do cabelo grisalho, cigarro na boca, e um terno branco estaciona ao meu lado. Me encosto na janela do lado do passageiro e o olhei, eu estava com um vestido branco e os cabelos de lado e intactos, toda a formosidade de uma bela mulher junto a um batom bem vermelho.

— Acho que voce pode me ajudar.

Um homem que estava no banco de trás vai para frente para poder dirigir e eu me sento atrás junto do homem que interrompeu minha caminhada. O cheiro do seu perfume madeirado com um leve toque de aroma feminino em seu terno, suas mãos me oferece um cigarro já acesso e usado por ele mesmo a segundos atrás.

— Sozinha?

— Sim. E você?

— Nunca estou sozinho de fato. Mas nunca tão bem acompanhado como agora.

[...]

Acordei em uma cama branca e bagunçada com uma janela a minha frente, a vista de vários quartos de motéis e comércios pequenos. Me sentei na cama, usando um vestido leve branco porém curto. Passei as mãos na minha cabeça, com uma dor de cabeça não muito grande, mesmo assim bebi o Whisky ao lado da cama na mesa de cabeceira.

— Que merda...

— Vejo que já acordou.

Brad, um homem de cabelos grisalhos e curtos sai do banheiro do quarto arrumando a sua camisa social branca, ele vem até mim e da um beijo em minha testa, dou um sorriso para ele e me olho no espelho a minha frente. O que eu estou fazendo da minha vida?

Sai do Motel com Brad que pagou para a recepcionista o dinheiro da noite que ficamos em meio a um grande bolo de dinheiro. Não muito longe de onde estávamos com uma curta viagem de carro, o homem parou em um restaurante e me chamou para adrentar o local, e eu o segui. Tomamos um café da manhã que ele também pagou, e voltamos para o carro. Um Mustang azul, novo como se acabasse de sair da loja.

— Aonde vai ficar? — O homem me pergunta tirando o óculos escuro dos olhos.

— Em qualquer lugar. — Respondi me encostando no carro.

— Qualquer lugar?

— Sim.

— Vamos voltar para o Motel, pago por alguns dias e você fica lá até decidir alguma coisa. — Ele diz chegando perto de mim.

— Não precisa...

— É um bom grado, não acha?

Voltamos para o Motel e enquanto o homem grisalho pagava para a recepcionista eu fui até o quarto. O bom de um quarto de Motel é que há bebidas e cigarros ali. Peguei uma caixa de cigarros e a abri pegando um e acendendo, fui até a varanda e me encostei na grade fumando meu cigarro. Escuto a porta ser aberta mas não fechada, o homem entra no quarto e vai direto para a varando me encontrando fumando o cigarro, ele me abraça por trás dando beijos leves em meu pescoço.

— A gente se encontra por aí, Lana. — Ele diz com sua voz rouca e suave ao mesmo tempo, tomando o cigarro de minhas mãos com a marca do meu batom vermelho, fumando e me dando em seguida.

— Não diga adeus...

— Não precisa ser um adeus, pode me chamar quando quiser.

Brad coloca um papel junto a dinheiro no meio dos meus seios por de baixo do meu vestido com decote, me virei para encara-lo, o beijei e ele saiu dali. Voltei a ficar na mesma posição de antes, com meus cotovelos apoiados na grade da varanda e um cigarro na minha mão, o vento batendo em meus cabelos que voavam devagar e não exageradamente e meu vestidos leve. Olhei para minha vista e vi o homem ir embora, ele me olha e sorri para mim que retribuo antes dele entrar no carro, ele adrenta o veículo e segue para a estrada.

Continuo fumando meu cigarro até ele acabar, assim que acaba passo sua ponta ainda acessa na grade fazendo ele apagar, deixando o maço de cigarro dentro de um pote na mesa da varanda. Na minha cabeça ocorria vários pensamentos do que eu estava fazendo. Eu estou certa de deixar Saul viver sua vida dos sonhos sem perigo? Será que eu fui egoísta comigo mesma ou pareci egoísta com ele? Slash vai me perdoar por ter feito isso?

— Eu tenho uma guerra na minha cabeça.

[...]

Me arrumei no quarto do Motel. Pintei as unhas de vermelho, arrumei o meu cabelo, vesti um short e uma blusa branca bem leve e solta, batom vermelho cereja nos lábios e saio do meu quarto. Saio do Motel e começo a andar pela cidade que não conheço, indo até uma pequena loja e comprando uma bebida para mim e algo para comer, saio dali e encontro um grupo de motoqueiros no bar a frente, um deles me olha e vem até mim.

— O que você faz sozinha? — Ele pergunta assim que chega a minha frente.

— Apenas vivendo... Não vou te perguntar o mesmo, já é bem óbvio. — Dou uma leve risada no fim da frase. — A propósito, sou Lana.

— Alex, prazer.

— Prazer.

— Você está sozinha... Quer beber alguma outra coisa? — Ele.olha para a cerveja barata na minha mão.

— Pode ser.

Alex me guia até o bar a frente aonde estava cheio de outros motoqueiros que viajam pelas estradas. Alex me paga algumas bebidas e conversas sobre nossa vida, um pouco depois já estávamos no meu quarto de Motel entre beijos pouco ardentes da minha parte. Acordei assim como no dia anterior, mas agora com a companhia de Alex na minha cama. Ele acorda e me vê sentada na cama cobrindo meu corpo com as cobertas da cama.

— Por que você não vem comigo conhecer o mundo? Pelo menos um pouco dele.

— Acredite, estou topando tudo por agora.

— Então se arruma e arruma suas coisas, vamos sair daqui a pouco...

Fui para o banheiro com a coberta da cama ainda cobrindo meu corpo, entro no banheiro e fecho a porta e acabo me encarando no espelho. Eu sei que estou tentando me aventurar como uma garota bem vivida na cultura americana para poder esquecer Slash e a dor que causei a ele e logo acabei a causando em mim também. Estou tentando viver como uma garota insana.

[...]

Senti os ventos em meu corpo enquanto Alex acelerava a sua motocicleta, o sentimento era algo novo para mim. Olhai para os lados vendo a paisagem em minha volta e pensando em como viver assim era algo muito novo e extraordinário.

Logo chegamos em outra cidade, mais longe de Califórnia. Entramos em outro bar e bebemos, não bebi demais pois não quero mais dor de cabeça, literalmente. Olhei para a televisão do lugar e um vídeo clipe do Guns N' Roses era passado na MTV, olhei para Slash no vídeo clipe e sorri ao encara-lo na televisão.

— Eles são muito fodas. — Alex diz ao voltar a se sentar ao meu lado.

— Sim. Eles são fodas... — Mal sabe Alex que eu namorava um integrante da banda a uma semana atrás.

— A gente tem que ir. Vamos descansar e aproveitar amanhã, sem viagens, vamos apenas nos divertir.

𝐶𝑖𝑔𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑒𝑠 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑆𝑒𝑥 ◆ ˢˡᵃˢʰ ᶠᵃⁿᶠⁱᶜOnde histórias criam vida. Descubra agora