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Slash P.O.V
Cheguei no hospital e estava indo até o quarto aonde a Sra. Elizabeth estava internada, e já no corredor podia escutar a voz de Ane que parecia brigar com alguém. Assim que adrento o quarto vejo Lana sentada em uma cadeira enquanto escuta Ane dando um Sermão nela de cabeça baixa.
Lana escuta tudo que Ane tinha para dizer e se levanta pegando suas coisas para sair dali. Ane diz o que deveria dizer, o que Lana deveria escutar, embora Ane estivesse explodindo e deveria dizer aquilo mas não nessas circunstâncias, eu a entendo... Ane sempre sentiu empatia por Lana em toda a sua vida, ela entende a Lana mas não pode deixar de se importa com o fato de que Lana aguenta tudo sozinha e quer sempre parecer forte para todo mundo, sempre olha para os outros e nunca para si mesma. O coração dela é muito para esse mundo.
— Vai se foder Ane.
Lana sai dali esbarrando o corpo dela no meu e saindo dali as pressas, quase como se tivesse correndo.
— Puta merda, Ane. Não precisava desse show todo. — Falo enquanto Ane se vira e me olha.
— Você também não faz porra nenhuma. Por que ainda não foi atrás dela, seu idiota? — Ane diz me virando para o rumo da porta e me dando empurrões.
— E se ela não quiser me ouvir ou ficar comigo?
— Ela vai querer, anda logo!
— Mas Ane...
— Slash... Ela está passando por um momento difícil, ela vai querer pelo menos um conforto... Se lembra, você é o conforto dela.
Ane me dá um último empurrão e eu cai na real, e fui atrás de Lana. Sai do hospital e procurei por ela mas nada, andei um pouco e vi uma garota sentada em um beco escuro, fumava cigarros e bebia algumas coisas, pela pouca luz em linha reta vi o cigarros na mão de uma garota com as unhas vermelhas e uma tatuagem na mão. Lana.
— Aí caralho...
Fui até ela, e assim que cheguei em sua frente pude a ver com mais clareza. Ela levanta a cabeça e me olho, logo abaixa e volta a sua atenção a toda aquela porcaria. No braço dela escorria um pouco de sangue, um pouco mais acima o presente de aniversario que ela havia ganhado de Leon. A seringa com uma dose muito alta de uma droga extremamente forte descia a pele de Lana e ia direto para sua veia, ela aplicava aquilo como se fosse nada.
— Que porra você tá fazendo? Garota.
Me ajoelhei a frente dela, o rosto dela estava completamente sujo pela maquiagem borrada dela, o sangue em seu braço pinga no chão, ela provavelmente deve ter colocado aquilo com força e acabou se machucando. Lana me olhou novamente e sorriu, ela não esta sóbria e isso esta óbvio, qualquer um vê isso menos ela mesma.
— Vem, Lana, a gente precisa dar um jeito nisso... — Tento levantar ela mas ela bate em meu braço.
